sexta-feira, 11 de abril de 2025

ENCERRAMENTO DO CENTRO DE FÉRIAS

 

Imagem obtida no espaço do MAIS Sindicato

O ENCERRAMENTO

DO

CENTRO DE FÉRIAS E FORMAÇÃO

(Propriedade do ex-SBSI)

Ferreira do Zêzere


ANTECEDENTES DO ENCERRAMENTO


Após a “Idade de Ouro” do sindicalismo bancário, não confundir com o período em que maiores conquistas politico-sindicais se conseguiram, o SBSI iniciou uma fase descendente e de forma acelerada. Bastaram 10 a 15 anos para se liquidarem direitos adquiridos, fruto de duras lutas desenvolvidas por gerações de bancários e, a degradação atinge níveis nunca pensados quando os bancários elegem administradores propostos pelas Tendências Sindicais Socialista e Social Democratas necessárias para manter a capacidade financeira da UGT.

A “Idade de Ouro” inicia-se no SBSI a 9 de Maio de 1988 e termina a (se a memória não me atraiçoa) 12 de Maio de 2000 com uma aliança, que durou 12 anos, entre militantes do PS, do PCP e independentes partidários propostos pelo PCP.

Se os resultados eram tão bons, porque não prosseguiram é a pergunta óbvia

Para conhecer, pelo menos, uma versão da história é necessário ler o que 5 sindicalistas à época escreveram sobre o assunto.

Esses 5 sindicalistas escreveram a 1 de Março de 2000 preconizando o futuro:


Com a ruptura da coligação actual há (se a lista PS/PSD/MRPP vencer!) consequências já evidentes:

Dificuldades na defesa dos bancários no que respeita à integração na Segurança Social que está em negociação; a gestão critiriosa actual dos SAMS em risco com o possível regresso de gente que os levou à beira da falência; avanço para os SAMS, dito único, facilitado; constituição duma Federação do Sector, a que se alienaria o poder de negociação colectiva; reforço da UGT, seja pela via organizacional (com a Federação) seja pelos apoios e facilidades indevidas.

É fácil concluir que a ruptura desta actual coligação não saem beneficiados os bancários, nem defendidos os seus interesses” (Convite à Inquietação - texto integral pode ser acedido abaixo)


A 23 de Janeiro de 2002 os mesmos sindicalistas perguntaram, dois anos depois do Comunicado de Março de 2000, quem de boa fé podia afirmar que estavam enganados?

Diziam então, além de outras ideias, o seguinte:


A actual Direção (PS/PSD/MRPP) ABRE UMA BRECHA PROFUNDA NA NEGOCIAÇÃO COLECTIVA DOS BANCÁRIOS.

- O Acordo de Empresa negociado secretamente com o Grupo BCP sem a participação dos trabalhadores e da Estrutura Sindical retira direitos aos trabalhadores e compromete as futuras negociações do Acordo Colectivo de todos os restantes Bancários;

- O Acordo SAMS / MEDIS confere mais direitos a alguns Bancários (o que é legitimo) à custa dos restantes que, não beneficiando de mais direitos, vêem aumentadas as despesas dos SAMS (o que é ultrajante).


Noutra parte do comunicado lê-se:


Quem empurrou e continua a empurrar os socialistas para os braços da direita sindical, não foram nem são as Listas Unitárias! Não foi e não é a CGTP!: foram e são decisões de alguns elementos com peso nas estruturas partidárias do PCP.

Criaram-se rupturas para atirar para os braços da direita sindical os socialistas, por forma a justificar projectos pessoais, de grupos e também partidários, consubstanciados na criação de um Sindicato” (Impõe-se falar verdade - texto integral pode ser acedido abaixo)


É então, por iniciativa de militantes do PCP, que nasce no Grupo CGD um sindicato de empresa, o STEC - Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos e, posteriormente, surge o SINTAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Financeiro.

Enquanto os banqueiros se unem para serem mais fortes, os Bancários são divididos por uma iniciativa de quem os deveria unir. Com a criação destes dois sindicatos o PCP promove a extinção das Listas Unitárias na Banca o que obriga um número significativo de sindicalistas, militantes do PCP (que não concordaram com a orientação do Partido), sindicalistas do PS, do PSD e, até, do CDS, que se não reconheciam nas práticas da Direção do SBSI, a constituírem o MUDAR – Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa.


CHORAR SOBRE O LEITE DERRAMADO?

OU LUTAR?


Não basta clamar nas redes sociais contra o estado a que o ex-SBSI chegou (e de que o encerramento do centro de Férias e Formação é o exemplo mais recente) devido à falência de objectivos construtivos de sucessivos administradores do Sindicato que, não podemos ignorar, foram propostos pelas Tendências Sindicais Socialista e Social Democrata.

A razão desta aliança contra natura reside essencialmente na necessidade de manter e criar a paz na UGT, pois não é possível também ignorar que o ex-SBSI é um dos maiores contribuintes financeiros desta Central Sindical.

Por outro lado, o MUDAR (ver AQUI) por si só dificilmente passa o seu projecto de forma autónoma, pois não tem um número de activistas suficiente e também não tem capacidade financeira, não obstante ter no seu seio sindicalistas de elevada reputação.

A Tendência Sindical Socialista (TSS) receia perder o controlo do ex-SBSI se não estiver aliada à Tendência Social Democrata (TSD) e, por sua vez, não consegue encontrar, no seio dos Bancários Socialistas, sindicalistas embuídos de espírito de missão e com conhecimentos mínimos do que representa o sindicalismo em Portugal, na Europa e no Mundo e da relação de forças com o patronato.

No Conselho Geral do ex-SBSI, onde as grandes linhas de orientação do sindicato se deveriam debater livre e profundamente, os membros que o compõem não têm (ou não querem ter) força anímica (para não utilizar outra expressão menos agradável) para se opor à progressiva descredibilização do sindicato.

Mas, para ir ao âmago da questão, também nos trabalhadores bancários, nomeadamente nos sócios do ex-SBSI, impera a descrença e a percepção de que o sindicato não tem força suficiente para obstar às pressões que sofrem por parte das entidades patronais, acrescido do facto de os dirigentes sindicais não saírem da Rua de S. José e, assim, serem entidades abstractas. Será, por ventura, uma das razões, senão a principal, por nas votações para os Corpos Gerentes uma maioria esmagadora não exercer o direito de voto. E, pasme-se!, nem precisam de se deslocar para votar.

Há também que equacionar o facto de se todas Tendências sindicais concorrerem isoladas às eleições a que vencer terá dificuldade em gerir o sindicato na medida em que as outras tendências poderão sempre criar uma oposição negativa relativamente a quaisquer propostas.

Assim, nos anos mais próximos, na minha opinião (e espero que não só na minha) as direcções futuras estarão condenadas a surgir de alianças entre pelo menos duas Tendências Sindicais. Contudo, a manter-se a actual coligação no ex-SBSI, o caminho para o descalabro será progressivo até a um ponto de não retorno.


PARA NÃO MAIS ENCERRAMENTOS

A SOLUÇÃO POSSÍVEL


O retorno à “Idade de Ouro” do sindicalismo bancário passa pelo assumir corajoso de obectivos de mudança por parte de sindicalistas responsáveis da Tendência Sindical Socialista e de sindicalistas da Tendência Sindical MUDAR que se comprometam com um Programa virado para a unidade na acção e, a bem dos trabalhadores bancários, concorrerem juntos às próximas eleições para os Corpos Gerentes do ex-SBSI.


CONVITE À INQUIETAÇÃO

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IMPÕE-SE FALAR VERDADE

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quinta-feira, 3 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 5º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(5º episódio de 5)

Do fim do pacto social ao futuro do trabalho


PARA VER O VÍDEO CLIQUE

AQUI

quarta-feira, 2 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 4º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(4º episódio de 5)

O povo já não tem medo. A revolução


PARA VER O VÍDEO CLIQUE

AQUI


terça-feira, 1 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 3º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(3º episódio de 5)

A alegria no trabalho. A ditadura


PARA VER O VÍDEO CLIQUE

AQUI


QUE FORÇA É ESSA?

 

Imagem obtida no sitio de Tigre de Papel


QUE FORÇA É ESSA?

REVISTA SOBRE OS MUNDOS DO TRABALHO


Já está nas bancas, desde 26 de Março de 2025, o 1º número da Revista sobre os mundos do trabalho que pode ser adquirida ao preço de capa de 12,00 €


A Revista está

gratuita e integralmente disponível online

em formato PDF.


(ver AQUI)


Colaboram neste 1º número da Revista: Alain Supiot, Alexandre Abreu, António Monteiro, Fernandes Catarina, Gomes Santos, Daniel Borges, Fernando Rosas, Fátima Messias, Isabel Roque, Joana Bordalo e Sá, Joana Neto, José Soeiro, João Leal Amado e Teresa Coelho Moreira, João Reis, João Zenha Martins, Leïla Chaibi, Mafalda Araújo e Maria Manuel Rola, Manuel Carvalho da Silva, Manuel Freitas, Maria da Paz, Campos Lima, Maria Eduarda Pereira, Milena Rouxinol, Nuno Boavida, Nuno Dias, Nuno Teles, Ricardo Moreira, Rui Miranda, Soraia Duarte, Teresa Garcia, Ulisses Garrido. Vicente Ferreira. Viriato Rei.


Resumo (obtido através da IA)

O documento apresenta uma reflexão profunda sobre a relação entre trabalho, direitos laborais, e as transformações sociais e políticas contemporâneas. Aborda temas como a precarização do trabalho e a diferença entre "mundialização" e "globalização", além de explorar as implicações jurídicas e sociais de decisões judiciais relevantes sobre acidentes de trabalho e reparações. Também inclui comentários sobre a evolução da legislação trabalhista em Portugal, a luta dos sindicatos, a importância da negociação coletiva e a excelência artística de obras audiovisuais que capturam a condição trabalhadora.

Pontos Chave (obtido através da IA)

  • A distinção entre "mundialização" e "globalização" é fundamental para entender diferentes abordagens da cooperação internacional e sua relação com a justiça social.

  • O documento destaca a importância da diversidade cultural e os desafios que surgem na interseção entre direitos trabalhistas e o capitalismo contemporâneo.

  • Recentes decisões judiciais em Portugal, como as do Tribunal Constitucional, abordam a questão da inconstitucionalidade de normas que limitam a proteção dos trabalhadores.

  • O conceito de precariedade é discutido como uma característica central do trabalho contemporâneo, afetando tanto os setores tradicionais quanto os novos.

  • Organizadores do trabalho, como sindicatos, têm um papel crucial na defesa dos direitos dos trabalhadores frente às mudanças sociais e tecnológicas.

  • O impacto das legislações sobre o despedimento e a subcontratação é central para a discussão sobre o controle do trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores.

  • O cinema e a literatura são apresentados como meios potentes para explorar e criticar a condição dos trabalhadores, fornecendo visões essenciais sobre a luta e as realidades enfrentadas.


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