segunda-feira, 25 de novembro de 2019

No dia 25 de Novembro

Imagem obtida no Blogue “Cais do Olhar”


No dia 25 de Novembro



Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei pra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou


(Trecho do poema EU VIM DE LONGE de José Mário Branco)
(No vídeo, em baixo, o poema completo cantado por José Mário Branco)




Na sequência de uma decisão do coronel piloto-aviador José Morais da Silva, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, que dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000 camaradas de armas de Tancos, paraquedista da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto, Escola Militar da Força Aérea e mais cinco bases aéreas e detêm o tenente-coronel Aníbal Pinho Freire e exigem a demissão de Morais da Silva.

Este atos são considerados pelos militares ligados ao Grupo dos Nove como o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares apoiados pelos partidos políticos moderados como o PS e o PPD e depois do Presidente da República, General Francisco da Costa Gomes ter obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua, decidem então intervir militarmente para controlar o país.

O Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS), conotado com a Esquerda Militar, toma posições no aeroporto de Lisboa, portagem de Lisboa A1 e Depósito de Material de Guerra de Beirolas; e forças da Escola Prática de Administração Militar ocupam a RTP e a PM controla a Emissora Nacional, as duas Unidades militares eram conotados respectivamente com a esquerda revolucionária e com a referida Esquerda Militar ('gonçalvistas') e com a Esquerda Militar Radical ('otelistas').

O Regimento de Comandos da Amadora, conotada com os moderados, com a Direita Militar ('spinolistas' e outros sectores conservadores e ultra-conservadores militares, e identificados com os partidos da Direita política parlamentar, a Igreja e sectores da Extrema-Direita) e com o Centro Militar ('melo-antunistas' ou 'moderados', identificados com o PS e o 'grupo do Florida'), cerca o Emissor de Monsanto, ocupado pelos Paraquedistas, e a emissão da RTP é transferida para o Porto.

Mário Soares, Jorge Campinos e Mário Sottomayor Cardia, da Comissão Permanente do PS, no seguimento de um plano contra-revolucionário previamente estabelecido, saem clandestinamente de Lisboa, na tarde do dia 25, e seguem para o Porto, onde se apresentam ao moderado Pires Veloso no Quartel da Região Militar Norte, através do General piloto-aviador José Lemos Ferreira que teria oferecido resistência ao seu comandante o brigadeiro graduado Eurico de Deus Corvacho;

O Presidente da República decreta o estado de sitio na área da Região Militar de Lisboa, e teve um papel determinante na contenção dos extremos. O Tenente-coronel António Ramalho Eanes, adjunto de Vasco Lourenço e futuro presidente da republica, ilude pressões dos militares da extrema-direita que o incitam a mandar bombardear unidades.

Vasco Lourenço dá voz de prisão a Diniz de Almeida, Campos Andrada, Cuco Rosa e Mário Tomé, todos militares conotados forças políticas de esquerda revolucionária, sendo o último inclusivamente filiado na UDP; diversos Oficiais ditos 'moderados' estavam então conotados com o PS (com o qual conspiraram na preparação do plano e das operações que desembocaram no '25 de Novembro de 1975') e o PPD.

Posteriormente o "Grupo dos Nove", vanguarda de todas as forças políticas e militares do Centro e da Direita (parlamentar e extra-parlamentar) e os seus aliados, alcançam o controlo da situação.
(Fonte “Wikipédia”)






domingo, 24 de novembro de 2019

NEGOCIAÇÃO COLETIVA - O que é preciso mudar


Imagem obtida no Portal do SNTFS



NEGOCIAÇÃO COLETIVA
O QUE É PRECISO MUDAR


A PRÁXIS (ver AQUI) promoveu, organizou e realizou no passado dia 23 de Novembro um Seminário, sob o tema “NEGOCIAÇÃO COLETIVA O QUE É PRECISO MUDAR” (ver AQUI) e aberto a todos os que acreditam que sindicatos fortes são indispensáveis a uma democracia saudável e a uma sociedade que reconhece o valor e a dignidade do trabalho.

O Relatório síntese deste Seminário irá ser enviado aos participantes e, posteriormente, transcrito no Portal da PRÁXIS que se encontra em construção.

Mais e melhores informações sobre a PRÁXIS podem ser solicitadas AQUI

Entretanto aqui fica o registo fotográfico deste evento para mais tarde recordar



APRESENTAÇÃO DA PRÁXIS
OBJECTIVOS DO SEMINÁRIO

 Início da sessão




Henrique Sousa (Coordenador da Direcção da PRÁXIS)



PAINEL I
O QUE É PRECISO MUDAR NAS PRÁTICAS SINDICAIS?

 Mesa do 1º Painel



 Aspecto geral da assistência do Seminário



 Mesa do 1º Painel

Da esquerda para a direita:
Hermes Costa, Dora Fonseca, Reinhard Naumann, Vivalda Silva, Fernando Fidalgo



 Moderador: Reinhard Naumann
(Investigador e da Direcção da PRÁXIS)



Participante: Hermes Costa
(Sociólogo, Professor da FEUC e investigador da CES) 



 Participante: Dora Fonseca
(Investigadora do Centro de Estudos Sociais da FEUC)



Participante: Fernando Fidalgo
(Sindicalista, dirigente da STRUP)



Participante: Vivalda Silva
(Sindicalista, Coordenadora do STAD e da Com. Exec. da CGTP-IN)




PAINEL II
O QUE É PRECISO MUDAR NAS LEIS LABORAIS E NO ESTADO?


 Mesa do 2º painel

Da esquerda para a direita:
Carla Cardoso, Daniel Oliveira, Rui Miranda, Manuel Freitas


 Moderador: Daniel Oliveira
(Jornalista e comentador)


 Participante: Carla Cardoso
(Sindicalista, Presidente do SIT)


 Participante: Rui Miranda
(Sindicalista, Secretário Geral do SINDEL e do Sec. Nac. da UGT)


 Participante: Manuel Freitas
(Sindicalista, dirigente da FESETE)


Aspecto geral da assistência do Seminário




terça-feira, 19 de novembro de 2019

José Mário Branco - Homenagem




JOSÉ MÁRIO BRANCO
(1942 - 2019)

HOMENAGEM



Vou, vou-vos mostrar mais um pedaço da minha vida. Um pedaço um pouco especial. Trata-se de um texto que foi escrito, assim, de um só jorro, numa noite de Fevereiro de '79, e que talvez tenha um ou outro pormenor que já não seja muito actual. Eu vou-vos dar o texto tal e qual como eu o escrevi nessa altura sem ter modificado nada. Por isso vos peço que não se deixem distrair por esses pormenores que possam já não ser muito actuais e que isso não contribua para desviar a vossa atenção do que me parece ser o essencial deste texto.

Chama-se FMI.






quinta-feira, 14 de novembro de 2019

CGTP-IN – SJ – UGT subscrevem MANIFESTO


Da esquerda para a direita: Arménio Carlos (CGTP-IN), Sofia Branco (SJ) e Carlos Silva (UGT)



CGTP-IN – SJ – UGT

(Subscrevem em conjunto)

MANIFESTO

POR UMA ACT MAIS EFICAZ NA GARANTIA DOS DIREITOS LABORAIS


Foi assinado, no passado dia 13 de Novembro, pelos principais dirigentes da CGTP-IN (Arménio Carlos), UGT (Carlos Silva) e Sindicato dos Jornalistas (Sofia Branco), com a presença de outros dirigentes das três organizações sindicais, em cerimónia pública realizada na sede do Sindicato dos Jornalistas, promotor da iniciativa, um manifesto (ver AQUI) em que CGTP, UGT e SJ se unem na exigência de medidas para o reforço da acção e dos recursos da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) que contrariem a sua evidente degradação. Sendo raro, é um acontecimento a merecer registo e valorização esta acção reunindo as duas centrais sindicais. As três organizações vão agora solicitar entrevistas conjuntas com a ministra do trabalho e com a inspectora-geral do trabalho para apresentarem as ideias e propostas do manifesto.


Como explicou a Sofia Branco (Presidente da Direcção do Sindicato dos Jornalistas), na sua intervenção nesta sessão, as boas relações que o SJ, sindicato independente, mantém com as duas centrais, facilitaram o diálogo que conduziu a este resultado. O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, valorizou na sua intervenção a capacidade demonstrada por ambas as centrais em superarem as suas divergências em defesa desta causa comum e manifestou disponibilidade para a construção conjunta com a CGTP das propostas sobre a ACT a apresentar ao governo. O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, manifestou a disponibilidade da central para a unidade na acção quando estão em causa interesses fundamentais dos trabalhadores, como é a urgência de medidas contra a degradação verificada da ACT, que assegurem uma mais eficaz protecção dos direitos dos trabalhadores e da liberdade sindical nos locais de trabalho.


A Práxis (ver AQUI) esteve presente no decorrer desta cerimónia pública e foi representada por Henrique Sousa, Coordenador da Direcção.




quarta-feira, 13 de novembro de 2019

SEMINÁRIO: Negociação Colectiva - O QUE É PRECISO MUDAR





Negociação Colectiva

O QUE É PRECISO MUDAR


SEMINÁRIO ABERTO


23 DE NOVEMBRO (SÁBADO), LISBOA DAS 14H30 ÀS 18H30
AUDITÓRIO DA CASA DA IMPRENSA RUA DA HORTA SECA 20
(JUNTO AO LARGO CAMÕES METRO BAIXA/CHIADO)


PROGRAMA


Apresentação da associação Práxis e dos objectivos do Seminário
Henrique Sousa (Coordenador da Direcção da Práxis)


Painel I – O que é preciso mudar nas práticas sindicais?

Moderador: Reinhard Naumann (investigador e da Direcção da Práxis)
Participantes:
- Dora Fonseca (investigadora do Centro de Estudos Sociais da FEUC)
- Fernando Fidalgo (sindicalista, dirigente do STRUP)
- Hermes Costa (sociólogo, professor da FEUC e investigador do CES)
- Vivalda Silva (sindicalista, coordenadora do STAD e da CE CGTP-IN)


Painel II – O que é preciso mudar nas leis laborais e no Estado?

Moderador: Daniel Oliveira (jornalista e comentador)
Participantes:
- Carla Cardoso (sindicalista, Presidente do SIT)
- João Zenha Martins (jurista e professor da Faculdade de Direito da UNL)
- Manuel Freitas (sindicalista, dirigente da FESETE)
- Rui Miranda (sindicalista, secretário-geral do SINDEL e do SN UGT)


(A participação neste Seminário é aberta a todos os interessados mediante inscrição AQUI)
Aos participantes que registem a sua presença será enviado o relatório com a síntese do debate.


Este debate interessa e é aberto a todos os que acreditam que sindicatos fortes são indispensáveis a uma democracia saudável e a uma sociedade que reconheça o valor e a dignidade do trabalho. E que sabem que um sistema de relações colectivas de trabalho fragilizado e injusto enfraquece os sindicatos e abre perigosos vazios de representação em democracia. É, pois, um debate que é legítimo trazer para o espaço público e da cidadania. Interessa a todos e ao nosso futuro colectivo.


O Programa, constante da imagem acima, pode ser acedido em formato PDF, AQUI


QUEM PROMOVE O SEMINÁRIO?

Há uma nova associação para reflectir e debater sobre Trabalho e Sindicalismo:

A PRÁXIS – Reflexão e Debate sobre Trabalho e Sindicalismo é uma nova associação, legalmente registada e constituída por escritura pública a 27 de Fevereiro, que realizou a primeira assembleia geral no dia 13 de Março, em Lisboa.

A Práxis é uma associação constituída no espaço da cidadania, autónoma e plural, de adesão exclusivamente individual (ou seja, não há associados colectivos ou em representação de organizações), que reúne entre os seus 35 membros constituintes destacados sindicalistas da direcção da CGTP-IN e da UGT, presidentes, secretários-gerais e coordenadores de vários importantes sindicatos (filiados na CGTP, filiados na UGT e sindicatos independentes), membros de CTs, activistas dos movimentos do precariado, técnicos e investigadores ligados ao mundo do trabalho. Todos participam na Práxis a título individual e não em representação de quaisquer organizações, enquanto cidadãos socialmente empenhados que, possuindo filiações sindicais e convicções políticas diferenciadas, estão interessados em dinamizar uma reflexão conjunta sobre os problemas estratégicos que o trabalho e o sindicalismo contemporâneos enfrentam, em busca, como refere a declaração constituinte, “de ideias e soluções, de contributos mobilizadores e solidários, que possam ser partilhados com todos os interessados e respeitando sempre a autonomia e o princípio da não ingerência nas organizações dos trabalhadores”.

A Práxis parte do pressuposto de que o sindicalismo e o trabalho ganham se a sua dignificação e o seu fortalecimento forem assumidos como causa comum de toda a sociedade e motivo de debate e reflexão por toda a cidadania. Não sendo nem uma instituição académica nem uma organização sindical, mas um espaço de cidadania orientado para a reflexão sociopolítica, a Práxis promoverá a partilha e a disponibilização no espaço público, ao movimento sindical e outras organizações de trabalhadores e às instituições, dos resultados dos debates e estudos que promover.

NOTA: A Declaração Constituinte da Práxis pode ser acedida AQUI.





quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Mesa Redonda - Sindicatos e Representação dos Trabalhadores





SINDICATOS

E

REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES



Uma Mesa-redonda sobre Sindicatos e Representação dos Trabalhadores, realiza-se no dia 20 Novembro (quarta-feira), das 11 às 13 horas, no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa (ver localização AQUI), que reunirá investigadores sociais e sindicalistas interessados no tema em debate. Terá serviço de tradução simultânea inglês/português.


Esta mesa-redonda que é uma parceria e organização conjunta da Práxis (ver AQUI) e de uma equipa de investigação coordenada por Raquel Rego sobre representatividade dos parceiros sociais (REP), terá a participação de um investigador, Jelle Visser (ver AQUI) , internacionalmente reconhecido e qualificado neste tema, e constituirá uma excelente oportunidade para desenvolver um diálogo produtivo e de partilha de conhecimento entre investigadores e activistas do mundo do trabalho sobre os problemas da sindicalização e da representação, um tema exigente, mas a carecer de uma reflexão cuidadosa e ponderada.


As inscrições podem ser feitas por correio electrónico AQUI

Esta informação deve e pode ser ser divulgada a outros activistas e investigadores.