quarta-feira, 24 de abril de 2024

O COMANDANTE DO 25 DE ABRIL

 

Imagem obtida na Revista ”O Referencial”


O COMANDANTE DO 25 DE ABRIL


Alea Jacta est” (“a sorte foi lançada”) foi a expressão de Otelo Saraiva de Carvalho, escutada pelos camaradas que o acompanhavam no Posto de Comando do MFA, instalado na Pontinha (Lisboa), quando ouviram “E depois do adeus”. Faltavam 5 minutos para as 23 horas.


Em todo o país os militares obedecendo ao plano estratégico guisado por Otelo davam início aos preparativos do que viria a ser uma Revolução vitoriosa.


Grândola, vila morena” foi anunciada aos 25 minutos do dia 25 abril de 1974 por Leite de Vasconcelos, no programa “Limite” da Rádio Renascença, confirmando que a revolução seria naquele dia.


A partir daquele momento os militares estavam na rua. A emoção no Posto de Comando era grande. Já não havia retorno!


É a Liberdade que nasce nessa madrugada. Otelo é um dos homens a quem devemos essa Liberdade. “O Comandante do 25 de Abril”, como o chamou Almada Contreiras.


No “O REFERENCIAL”, uma revista propriedade da “Associação 25 de Abril”, cujo número 142 é dedicado quase exclusivamente a Otelo Saraiva de Carvalho, muitos foram os que depois de um extenso texto sobre a vida de Otelo (SENHOR DO SEU DESTINO), o recordam nessa Revista:


Amadeu Garcia dos Santos (UM EXTROVERTIDO),

António Ramalho Eanes (OTELO TEM DIREITO A UM LUGAR DE PROEMINÊNCIA HISTÓRICA),

Carlos de Almada Contreiras (AO COMANDANTE DO 25 DE ABRIL),

Carlos Matos Gomes (MAS… …Dos que atiram a pedra e escondem a mão),

Francisco Barão da Cunha (LEMBRAS-TE?),

Franco Charais (UMA SINGELA HOMENAGEM),

Isabel do Carmo (DO LADO DOS FRACOS),

José António Santos (O VERÃO QUENTE DO ÓSCAR),

José Carlos Alvarez Tasso de Figueiredo (MADRUGADA DE 25 DE NOVEMBRO),

José Eduardo Fernandes de Sanches Osório (CUMPRIMOS A MISSÃO),

José Manuel Costa Neves (CARTA AO MAESTRO),

Luís Moita (CANDIDATURA DE OTELO EM 1976),

Luís Noronha Nascimento (SÍMBOLO MÍTICO DO 25 DE ABRIL),

M. Simões Teles (EM PROL DA MEMÓRIA),

Maria Manuela Cruzeiro (UM HOMEM DO NOSSO DESTINO),

Mário Tomé (COMANDANTE LIVRE DUMA REVOLUÇÃO LIBERTADORA),

Martins Guerreiro (O HOMEM E AS CIRCUNSTÂNCIAS),

Martins Guerreiro (OBRIGADOS A UMA PARAGEM DE REFLEXÃO E HOMENAGEM),

Miguel Judas (HUMILDE E INSUBMISSO),

Nuno Pinto Soares (REFERÊNCIA PARA TODOS),

Pedro de Pezarat Correia (OTELO, SEM SES… NEM MAS…),

Pereira Pinto (COM VISTA À DEMOCRACIA),

Rodrigo Sousa e Castro (UM AMIGO LEAL NO POSTO DE COMANDO),

Sérgio Bruno de Carvalho (MORREU O MEU QUERIDO PAI),

Vasco Lourenço (ESTES HOMENS TAMBÉM CHORAM).

As declarações sobre Otelo podem ser lidas e / ou “descarregadas”

AQUI


segunda-feira, 22 de abril de 2024

O LIVRO ESQUECIDO DA REVOLUÇÃO

 

Imagem obtida na “Livraria ler com gosto”


O LIVRO ESQUECIDO DA REVOLUÇÃO


Ao longo dos últimos 50 anos fizeram-se os mais diversos documentários e filmes alusivos ao 25 de Abril de 1974. Realizaram-se as mais esclarecidas entrevistas radiofónicas e televisivas sobre esta revolução. Escreveram-se os mais empolgantes textos difundidos em jornais e revistas.

E nestes 50 anos do 25 de Abril são inúmeros os livros que esmiúçam à exaustão o antes e o depois da Revolução, mas… há um livro que está esquecido:


ALVORADA EM ABRIL

Este livro de mais de 650 páginas, da autoria de quem, no dizer de Eduardo Lourenço, esteve “Colocado no centro de uma acção que num dia longo alterará uma rotina que parecia eterna, Otelo Saraiva de Carvalho está mais que indicado do que ninguém para desfibrar a trama daquilo que poderia ter sido apenas um golpe militar – e que acabou por ser bem sucedido, quer isso agrade ou não, uma Revolução das mais singulares da nossa história, e singular até no panorama dos movimentos revolucionários contemporâneos”.


Pois este livro anda para aí escondido. Porquê?

1 - Porque tem um prefácio de Eduardo Lourenço?

2 - Porque na primeira parte refere os acontecimentos “De 1954 a 1974: Em que medida a portuguesa História recente contribuiu para a formação do Movimento dos Capitães”?

3 - Ou porque analisa o que foi “A penúltima gota do cálice ou de como os capitães entram em cólera”?

4 - Ou ainda porque descreve qual foi “A última gota do cálice ou de como se chega finalmente à conclusão de que isto só vai à porrada”?

5 - Ou porque, finalmente, na quarta e última parte do livro se aborda “O triunfalismo do Regime e a teimosia dos capitães ou de como perder uma batalha não significa necessariamente perder a guerra”?

Mas, a importância deste livro também reside nos seus 32 anexos compostos por documentos de importância crucial para que a operação militar surgisse vitoriosa.

Seguramente que não terá sido por nenhum dos motivos acima evocados. Então será porquê? Por ser da autoria de Otelo Saraiva de Carvalho?


Na Assembleia da República exortam-se anualmente, com a presença dos muitos ainda vivos “capitães de Abril”, a data da libertação de um regime que ao longo dos anos deixou progressivamente de ser considerado fascista para assumir o estatuto de ditadura, deixando prever que dentro de outros 50 anos até poderá passar a ser classificado como um regime austero.


As músicas de intervenção, criadas ao tempo da ditadura e as que nasceram ao longo do PREC (Período Revolucionário Em Curso) foram sendo relegadas para o esquecimento e, agora, algumas, as que não trazem grandes incómodos, começam-se a ouvir.

O que talvez melhor defina estes 50 anos da Revolução do 25 de Abril serão as palavras de José Mário Branco na letra da sua extraordinária canção “Eu Vim de Longe”:

.../…

Tinha esta viola numa mão

Uma flor vermelha noutra mão

Tinha um grande amor

Marcado pela dor

E quando a fronteira me abraçou

Foi esta bagagem que encontrou

.../…

E então olhei à minha volta

Vi tanta esperança andar à solta

Que não hesitei

E os hinos que cantei

Foram frutos do meu coração

Feitos de alegria e de paixão

/…

Quando a nossa festa se estragou

E o mês de Novembro se vingou

Eu olhei pra ti

E então eu entendi

Foi um sonho lindo que acabou

Houve aqui alguém que se enganou

.../...

E então olhei à minha volta

Vi tanta mentira andar à solta

Que me perguntei

Se os hinos que cantei

Eram só promessas e ilusões

Que nunca passaram de canções

.../…

Quando eu finalmente eu quis saber

Se ainda vale a pena tanto crer

Eu olhei para ti

Então eu entendi

É um lindo sonho para viver

Quando toda a gente assim quiser




NOTA IMPORTANTE: Para quem não tem o livro “Alvorada em Abril” e não o consegue adquirir pode, se nisso tiver interesse, aceder gratuitamente ao mesmo AQUI


quinta-feira, 4 de abril de 2024

ESTA PROPOSTA É PARA SI?

Imagem obtida no site do STEC

 

ESTA PROPOSTA É PARA SI?



Estabelecer um limite ao aumento das taxas de juro nas prestações dos créditos à habitação e criação de uma moratória por um ou dois anos que possibilite interromper o pagamento de capital e juros, sem penalização no período remanescente do contrato, protegendo-se milhares de famílias do risco de incumprimento


Se concorda com esta proposta tem que ler as outras que são propostas pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos e, se continuar a concordar, assinar a petição a que pode aceder AQUI



domingo, 31 de março de 2024

TERRORISMO NO CROCUS CITY HALL EM MOSCOVO

 

 Imagem de By Mosreg.ru obtida na Wikipédia


TERRORISMO NO CROCUS CITY HALL EM MOSCOVO

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS?


Os meios de Comunicação social tradicionais, uma vez mais, reportam e abordam o acontecimento que vitimou umas centenas de pessoas numa abordagem única e os comentadores parecem limitados, quiçá pelo tempo de que dispõem, a explicar com alguma profundidade toda a situação, as dúvidas e as incoerências factuais que aparentemente apontam outros caminhos e outros responsáveis, além dos que parecem ser os “oficiais”.


Num vídeo com mais de uma hora de duração o Major-General Agostinho Costa baseado na análise dos factos, coloca em dúvida a narrativa “oficial” e até perspectiva uma mudança, por parte da Federação Russa, no desenrolar da guerra com a Ucrânia e que muitos já consideram uma guerra com a NATO / Estados Unidos através da Ucrânia.


(Para quem ignora quem é Agostinho Costa pode ler abaixo uma biografia simplificada deste Major-General)


O objectivo deste vídeo é pois colocar ao dispor dos interessados uma interpretação diferente do que têm ouvido ou seja, o contraditório. Depois… o juízo é de cada um.





QUEM É O MAJOR-GENERAL AGOSTINHO COSTA

O Major-General (R) Agostinho Costa ingressou na Academia Militar em 1977, tendo concluído a licenciatura em Ciências Militares, em outubro de 1982. É oriundo da Arma de Infantaria, tendo sido promovido ao atual posto em fevereiro de 2010.

Averba diversos cursos/qualificações, destacando-se: Curso de Estado-Maior, frequentado no Instituto de Altos Estudos Militares (atual Instituto Universitário Militar); Curso de Planeamento de Operações Conjuntas, frequentado no Reino Unido; Curso Promoção a Oficial General, frequentado no Instituto de Estudos Superiores Militares (atual IUM); e o Top Senior Police Officer Course: The Stockholm Programme Realisation, da CEPOL (Agência Europeia de Formação Policial).

É Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa, tendo apresentado uma dissertação subordinada ao tema “Os Sérvios e a estabilidade dos Balcãs”.

Ao longo da sua carreira desempenhou várias funções em território nacional e no estrangeiro, das quais se destacam as seguintes: no estrangeiro, foi Observador Militar da ONU durante o conflito da ex-Jugoslávia; Oficial de Operações do Estado-Maior da 3ª Divisão Italiana/Allied Rapid Reaction Corps, em Itália; Chefe da Repartição de Operações do Estado-Maior da Brigada Multinacional Oeste, imediatamente após o conflito do Kosovo; como Oficial General foi Chefe do Estado-Maior da European Rapid Operational Force (EUROFOR), em Itália.

Em território nacional, com o posto de Coronel, comandou a Escola de Tropas Paraquedistas e chefiou o Gabinete de Planeamento e Programação do Instituto de Estudos Superiores Militares (atual IUM).

Na Guarda Nacional Republicana, como Oficial General, desempenhou as funções de Comandante da Escola da Guarda, Comandante do Comando da Doutrina e Formação, Comandante do Comando Operacional e Segundo Comandante-Geral.

Ao longo da sua carreira foi distinguido com vários louvores, tendo sido agraciado com diversas condecorações de Portugal, Espanha, Itália, da ONU e NATO.

É membro dos seguintes associações: e think tanks na área da segurança: Centro de Estudos EuroDefense-Portugal; Grupo de Reflexão Estratégica sobre Segurança (GRES), do Instituto de Direito e Segurança da Universidade Nova de Lisboa; Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT); membro do conselho editorial da revista Segurança e Defesa; membro do Clube de Lisboa.

Tem vários artigos de opinião publicados sobre assuntos de segurança, sendo coautor das publicações: “Segurança Horizonte 2025 – Um Conceito Estratégico de Segurança Interna” e “Estratégia de Segurança Nacional – Horizonte 2030”.(Fonte: EuroDefense Portugal)

O Conselho Geral da Associação EuroDefense-Portugal elegeu EM 2018 o Major-General (R) Agostinho Costa para as funções de Vice-Presidente da Direção desta instituição.




sábado, 30 de março de 2024

SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Imagem criada com recurso à Inteligência Artificial


SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO


O que pensam os cidadãos europeus, nomeadamente os portugueses, sobre a reintrodução do Serviço Militar Obrigatório nos países da União Europeia nomeadamente em Portugal?


O Coronel Carlos Matos Gomes, na situação de reforma, tem uma opinião escrita sobre esta questão. É a opinião de um militar que cumpriu comissões em Moçambique, Angola e Guiné. Foi ferido em combate e é condecorado com as medalhas de Cruz de Guerra de 1ª e de 2ª Classe e com a Medalha Colectiva da Ordem da Torre e Espada. Pertenceu à primeira comissão eleita do Movimento dos Capitães, na Guiné e participou nas acções do 25 de Abril de 1974, tendo pertencido à Assembleia do MFA durante o ano de 1975. (ver AQUI)


No seu texto de opinião pode ler-se o seguinte trecho:


Convém pensar na falácia do serviço militar obrigatório: as guerras atuais assentam na operação e gestão de sistemas de armas e de comando e controlo altamente sofisticados, que exigem operadores com elevado nível de preparação, o que apenas é possível com uma exigente formação técnico científica e longo período de treino, o que implica a profissionalização dos militares.


E mais adiante escreve:


Não há garantia que os jovens e adolescentes nascidos no início do século XXI tenham possibilidade de receber os benefícios sociais instituídos na Europa no pós-Segunda Guerra, há que eliminar uma boa parte desta multidão de futuros beneficiários, de subsídiodependentes: uma guerra de alta tecnologia com militares de serviço militar obrigatório como alvos moles é uma solução que os partidos populistas escondem atrás de uma retórica demagógica de quem não trabalha não come e do vai para a tua terra.


E termina exortando:


Os europeus devem perguntar aos candidatos a eurodeputados o que pensam da nova guerra e da proposta de reintrodução do serviço militar obrigatório que está a ser tão insidiosamente lançado como um novo desodorizante.


A opinião de Carlos Matos Gomes sobre esta questão de importância crucial para os jovens de agora (e para os pais destes jovens) pode ser acedida na integra AQUI

A minha opinião sobre esta matéria (Serviço Militar Obrigatório) é obviamente negativa, independentemente de considerar da necessidade da existência de um Serviço Cívico Obrigatório que contribua para a formação de uma cidadania responsável com o objectivo solidário do bem comum.




quarta-feira, 27 de março de 2024

PARA QUE SERVEM OS SINDICATOS?

Imagem obtida na "PRÁXIS"

 

PARA QUE SERVEM OS SINDICATOS?


Porque é que um trabalhador, que provou que desempenhava determinadas funções definidas numa determinada categoria profissional, institucionalizada na convenção colectiva de um determinado sector profissional, não viu que um Tribunal lhe reconhecesse o direito de lhe ser atribuída essa categoria?


Porque é que um Tribunal concluiu que o pagamento da remuneração de trabalho nocturno, de acordo com o estipulado em convenção colectiva de trabalho, aplicável aos trabalhadores filiados no sindicato subscritor, em montante superior ao que é pago a outros trabalhadores da mesma empregadora, não viola sequer o princípio constitucional da igualdade de tratamento?


As respostas podem ser lidas num artigo de opinião de Domingos Lopes e transcrito no espaço da PRÁXIS que pode ser acedido AQUI:



quarta-feira, 13 de março de 2024

No país dos ratos

 

Imagem obtida no espaço do “Gatinho Branco”


ERA UMA VEZ…

No país dos ratos


Apenas uma história?

Apenas uma autocrítica?

Um final surpreendente em que as conclusões são suas



Clique no símbolo situado no canto inferior direito do vídeo para aumentar a imagem

NOTA: Este vídeo encontra-se disponível AQUI e também AQUI