segunda-feira, 17 de agosto de 2020

O SAMS PODERIA ESTAR DIFERENTE?




O SAMS PODERIA ESTAR DIFERENTE?

(Sebastião Fagundes poderia ter feito a diferença)


Hoje, 17 de Agosto, quero voltar a recordar um amigo. Hoje, na data em que iria completar mais um aniversário, o 78º, conheci um pouco mais do Sebastião que quero partilhar:

- A sua árvore genealógica (ver AQUI)

- A referência que no blogue Dos veteranos da Guerra do Ultramar” lhe fizeram (ver AQUI)

- A nota do blogue “SPM 8146” de Fevereiro de 2019 em que o recorda como o (…) guarda-redes de Andebol do todo poderoso Sport Lisboa e Benfica, (…) para logo de seguida dar a conhecer que “Fiel ao gosto pelo Andebol, o Fagundes não descansou enquanto não introduziu a sua prática no quartel de Lucunga, (…)” (ver AQUI)

- Também o autor do Blogue “BATALHÃO DE ARTILHARIA 741se refere a Sebastião Fagundes e ao facto de serem colegas no mesmo banco, embora em cidades diferentes (ver AQUI)

Estas pequenas notas que revelam aspectos da juventude de Sebastião Fagundes trazem-me à memória outras histórias da história do Sebastião e, nesta época em que os Serviços de Assistência Médica Social (SAMS) do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), actual “MAIS Sindicato” atravessam uma grave fase que faz perigar a existência deste serviço de saúde dos bancários, questiono-me sobre qual seria a atitude do Sebastião. É na sequência desta interrogação que me permito contar o que só algumas muito poucas pessoas saberão, mas que é, em si mesmo, demonstrativo do carácter solidário deste Homem.

Muito pouco tempo antes da doença que acabou por vitimar o Sebastião já os SAMS estavam, perante às informações de que dispúnhamos, a atravessar uma situação má e que tendia a agravar-se progressivamente. Decidimos, então (e dentro das capacidades que tínhamos), contactar antigos responsáveis (directos e indirectos) dos SAMS para subscreverem um Comunicado que alertasse os bancários para os problemas que antevíamos, designadamente os de natureza financeira, e que fizesse arrepiar caminho aos dirigentes de então dos SAMS e do SBSI que, grosso modo, são os actuais.

Da decisão à concretização foi um passo. Compreendemos, também, que este Comunicado só teria algum êxito nos objectivos pretendidos se fosse subscrito por personalidades de todos os quadrantes político-sindicais. Iniciámos, portanto, contactos e conversas que foram frutuosas, mas que, além de muitíssimo poucas, infelizmente, não tiveram continuação, pois, algum tempo depois, a doença súbita do Sebastião veio pôr fim a esta iniciativa. Não tendo eu o prestigio político e sindical necessário que me permitisse continuar o projecto a iniciativa morreu nesse momento.

O projecto a que me refiro poderia ter alterado o rumo que os SAMS continuaram infelizmente a seguir? A não acontecer a doença e morte do Sebastião Fagundes os bancários teriam hoje um serviço de saúde mais saudável? Não sei. São perguntas a que ninguém de boa fé poderá responder. Sei, no entanto, pois nisso acredito, que não há homens imprescindíveis. Mas sei, pois nisso também acredito, que há homens que podem fazer a diferença. O Sebastião Fagundes era um desses homens.

Sebastião Fagundes não foi um santo. “Foi simplesmente um homem, com dúvidas e convicções, que se esforçou por lutar contra as injustiças e a favor dos mais desfavorecidos. Por vezes até terá lutado contra os próprios desfavorecidos para defender os direitos, interesses e regalias desses mesmos desfavorecidos.” (ver AQUI).

Recordar Sebastião Fagundes é também dar a conhecer as suas histórias. Uma obrigação dos que com ele privaram.

Eu, além de tudo, continuarei a recordá-lo como

UM HOMEM BOM