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obtida no “Blog do Valdemar”
SINDICATOS
EM LUTA POR TERRITÓRIO
(UGT
em silêncio)
O
Sindicato dos Bancários do Norte, por vontade expressa dos
respectivos associados em Dezembro de 2019, passará a denominar-se
“SBN
– Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal” e
abrangerá
todo o território nacional.
Esta
deliberação não constitui uma surpresa, pois é o prosseguimento
dos conflitos com
as
Direcções sindicais do
“Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas” (SBSI) e do “Sindicato
dos Bancários do Centro” (SBC).
Já
em Janeiro de
Janeiro de 2019, o SBN recusou-se
a assinar um
Protocolo que iria
dar (como
deu) origem
a um
sindicato
nacional
do Sector Financeiro, o que levou, na
altura,
um dirigente do SBN a ameaçar: "Estamos
muito atentos. Se os outros sindicatos avançarem para uma estrutura
nacional, abrangendo a nossa área de intervenção, também nós
avançaremos para tornar o SBN num sindicato nacional".
Um
sindicato único dos trabalhadores bancários é uma aspiração de
longa data dos trabalhadores do sector que consideravam que essa
unidade poderia trazer maior força às reivindicações e promoveria
uma maior sinergia dos recursos necessários. A constituição de uma
Federação (FEBASE) foi, em determinado momento, a resposta encontrada
pelos dirigentes que consideraram (contra a opinião de muitos) que
nesta federação se iria “alicerçar
a solidariedade e a unidade entre todos os trabalhadores,
desenvolvendo a sua consciência sindical”.
Fica,
agora, bem patente que não se conseguiu solidariedade e, muito
menos, unidade.
Quando
em 2018 o SBC, SBN e SBSI promoveram referendos autónomos, com
perguntas diferentes, em que, na pratica, alargavam o âmbito
geográfico de intervenção a todo o território nacional para,
segundo o SBSI, poder vir a integrar um Sindicato ÚNICO, a questão,
pareceu-me, então, melindrosa, pois podia ser entendida como uma
“OPA” hostil aos outros sindicatos. E foi-o, ao ponto de agora o
SBN vir dar a resposta que considera adequada e necessária.
É
interessante constatarmos que estes 3 sindicatos integram a UGT (de
que são fundadores) e que, de alguma forma, são um importante
suporte financeiro. É também interessante
constatarmos que Carlos Silva, Secretário Geral da UGT e
ex-Presidente da Direcção do SBC, não se tem pronunciado
publicamente (que eu tenha conhecimento) sobre esta situação e
desconhece-se (eu desconheço) uma eventual posição conducente ao
apaziguamento desta “guerra”.
Já
agora permitam-me uma pergunta quiçá inoportuna:
Como
é que estamos de reivindicações, acordos salariais e de Defesa dos
direitos do trabalhadores bancários?
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