Imagem obtida no Blogue “Cais
do Olhar”
No dia 25 de Novembro
“Quando
a nossa festa se estragou
E
o mês de Novembro se vingou
Eu
olhei pra ti
E
então entendi
Foi
um sonho lindo que acabou
Houve
aqui alguém que se enganou”
(Trecho
do poema EU
VIM DE LONGE
de José Mário Branco)
(No
vídeo, em baixo, o poema completo cantado por José
Mário Branco)
“Na
sequência de uma decisão do coronel piloto-aviador José
Morais da Silva,
Chefe
do Estado-Maior da Força Aérea,
que
dias antes tinha mandado passar à disponibilidade cerca de 1000
camaradas de armas de Tancos, paraquedista
da Base Escola de Tancos ocupam
o Comando da Região Aérea de Monsanto, Escola Militar da Força
Aérea e mais cinco bases aéreas e detêm o tenente-coronel Aníbal
Pinho Freire e
exigem a demissão de Morais da Silva.
Este
atos são considerados pelos militares ligados ao Grupo
dos Nove como
o indício de que poderia estar em preparação um golpe de estado
vindo de sectores mais radicais, da esquerda. Esses militares
apoiados pelos partidos políticos moderados como o PS e o PPD e
depois do Presidente
da República,
General Francisco
da Costa Gomes ter
obtido por parte do PCP a confirmação de que não convocaria os
seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua,
decidem
então intervir militarmente para controlar o país.
O
Regimento
de Artilharia de Lisboa (RALIS),
conotado com a Esquerda Militar, toma posições no aeroporto
de Lisboa,
portagem de Lisboa A1
e
Depósito
de Material de Guerra de Beirolas;
e forças da Escola
Prática de Administração Militar ocupam
a RTP
e
a PM
controla
a Emissora
Nacional,
as duas Unidades militares eram conotados respectivamente com a
esquerda revolucionária e com a referida Esquerda Militar
('gonçalvistas') e com a Esquerda Militar Radical ('otelistas').
O
Regimento
de Comandos da Amadora,
conotada com os moderados, com a Direita Militar ('spinolistas' e
outros sectores conservadores
e
ultra-conservadores militares, e identificados com os partidos da
Direita
política parlamentar,
a Igreja e sectores da Extrema-Direita) e com o Centro Militar
('melo-antunistas' ou 'moderados', identificados com o PS e o 'grupo
do Florida'), cerca o Emissor de Monsanto, ocupado pelos
Paraquedistas,
e a emissão da RTP é transferida para o Porto.
Mário
Soares,
Jorge
Campinos e
Mário
Sottomayor Cardia,
da Comissão Permanente do PS, no seguimento de um plano
contra-revolucionário previamente estabelecido, saem
clandestinamente de Lisboa, na tarde do dia 25, e seguem para o
Porto, onde se apresentam ao moderado Pires
Veloso no
Quartel da Região
Militar Norte,
através do General piloto-aviador José
Lemos Ferreira que
teria oferecido resistência ao seu comandante o brigadeiro graduado
Eurico
de Deus Corvacho;
O
Presidente da República decreta o estado de sitio na área da Região
Militar de Lisboa,
e teve um papel determinante na contenção dos extremos. O
Tenente-coronel António
Ramalho Eanes,
adjunto de Vasco Lourenço e futuro presidente da republica, ilude
pressões dos militares da extrema-direita que o incitam a mandar
bombardear unidades.
Vasco
Lourenço dá voz de prisão a Diniz
de Almeida,
Campos
Andrada,
Cuco
Rosa e
Mário
Tomé,
todos militares conotados forças políticas de esquerda
revolucionária, sendo o último inclusivamente filiado na UDP;
diversos Oficiais ditos 'moderados' estavam então conotados com o PS
(com o qual conspiraram na preparação do plano e das operações
que desembocaram no '25 de Novembro de 1975') e o PPD.
Posteriormente
o "Grupo dos Nove",
vanguarda de todas as forças políticas e militares do Centro e da
Direita (parlamentar e extra-parlamentar) e os seus aliados, alcançam
o controlo da situação.”
(Fonte
“Wikipédia”)
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