O
SAMS PODERIA ESTAR DIFERENTE?
(Sebastião
Fagundes poderia ter feito a diferença)
Hoje,
17 de Agosto, quero voltar a recordar um amigo. Hoje, na data em que
iria completar mais um aniversário, o 78º, conheci um pouco mais do
Sebastião que quero partilhar:
-
A sua árvore genealógica (ver AQUI)
-
A referência que no
blogue “Dos
veteranos da Guerra do Ultramar”
lhe fizeram (ver AQUI)
-
A
nota do blogue “SPM
8146”
de Fevereiro de 2019 em que o
recorda
como
o
“(…)
guarda-redes
de Andebol do todo poderoso Sport Lisboa e Benfica,
(…) para logo
de seguida dar a conhecer
que “Fiel
ao gosto pelo Andebol, o Fagundes não descansou enquanto não
introduziu a sua prática no quartel de Lucunga,
(…)” (ver AQUI)
-
Também
o autor do Blogue “BATALHÃO
DE ARTILHARIA 741”
se
refere
a
Sebastião
Fagundes e ao
facto de serem colegas no mesmo banco, embora em cidades diferentes
(ver AQUI)
Estas
pequenas notas que revelam aspectos da juventude de Sebastião
Fagundes trazem-me à memória outras histórias da história do
Sebastião e, nesta época em que os Serviços de Assistência Médica
Social (SAMS) do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI),
actual “MAIS Sindicato” atravessam uma grave
fase que faz perigar a existência deste serviço de saúde dos
bancários, questiono-me sobre qual seria a atitude do Sebastião. É
na sequência desta interrogação que me permito contar o que só
algumas muito poucas pessoas saberão, mas que é, em si mesmo,
demonstrativo do carácter solidário deste Homem.
Muito
pouco tempo antes da doença que acabou por vitimar o Sebastião já
os SAMS estavam,
perante
às informações de que dispúnhamos,
a
atravessar uma situação má e que tendia a agravar-se
progressivamente. Decidimos, então (e dentro das capacidades que
tínhamos), contactar antigos responsáveis (directos e indirectos)
dos SAMS para subscreverem um Comunicado que alertasse os bancários
para os problemas que antevíamos, designadamente os de natureza
financeira, e que fizesse arrepiar caminho aos
dirigentes de então dos SAMS e do SBSI que,
grosso modo, são os actuais.
Da
decisão à concretização foi um passo. Compreendemos, também, que
este Comunicado só teria algum êxito nos objectivos pretendidos se
fosse subscrito por personalidades de todos os quadrantes
político-sindicais. Iniciámos, portanto, contactos e conversas que
foram frutuosas, mas que, além
de muitíssimo
poucas,
infelizmente, não tiveram continuação, pois, algum
tempo depois, a doença súbita do Sebastião veio pôr fim a esta
iniciativa. Não tendo
eu o prestigio político e
sindical
necessário que me
permitisse
continuar
o projecto a iniciativa morreu nesse momento.
O
projecto
a que me refiro poderia ter alterado o rumo que os SAMS continuaram
infelizmente a seguir? A não acontecer a doença e morte do
Sebastião Fagundes os bancários teriam hoje
um
serviço de saúde mais saudável? Não sei. São perguntas a que
ninguém de boa fé poderá responder. Sei, no entanto, pois nisso
acredito, que não
há homens imprescindíveis. Mas
sei, pois nisso também
acredito,
que há homens que podem fazer a diferença. O Sebastião Fagundes
era um desses homens.
Sebastião
Fagundes não foi um santo. “Foi
simplesmente um homem, com dúvidas e convicções, que se esforçou
por lutar contra as injustiças e a favor dos mais desfavorecidos.
Por vezes até terá lutado contra os próprios desfavorecidos para
defender os direitos, interesses e regalias desses mesmos
desfavorecidos.”
(ver AQUI).
Recordar
Sebastião Fagundes é também dar a conhecer as suas histórias. Uma
obrigação dos que com ele privaram.
Eu,
além de tudo, continuarei a recordá-lo como
UM
HOMEM BOM
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