sábado, 5 de outubro de 2024

GEOPOLITICA - Comentar ou analizar?

 

A TENSÃO NO MUNDO EM ASCENSÃO

(Uma entrevista com o Major General Agostinho Costa)


A diferença entre ser comentador e ser analista é bem patente na entrevista que o Major General Agostinho Costa dá e a que se pode aceder no vídeo.

Se não gosta de análises geopolíticas não veja o vídeo




quarta-feira, 24 de julho de 2024

PAZ - UMA NESGA DE ESPERANÇA

 


PAZ - UMA NESGA DE ESPERANÇA


Depois de Zelensky assumir à BBC que a Ucrânia vai ter de negociar com a Rússia porque não vai conseguir recuperar todo o território pela via militar, o seu ministro do Exterior, Dmytro Kuleba, afirmou ao seu homólogo chinês que Kiev está preparada para conversar com a Rússia.” (2024-07-24 - FONTE: https://t.me/brunocarvalhoDonbass/873)


O número de ucranianos que aceita perdas territoriais em troca da paz triplicou em apenas um ano, segundo o Kyiv Post.” (2024-07-24 – FONTE: https://t.me/brunocarvalhoDonbass/875 )





quarta-feira, 3 de julho de 2024

A UM PASSO DE UMA GUERRA MUNDIAL

 


A UM PASSO DE UMA GUERRA MUNDIAL


A opinião justificada do General Agostinho Costa numa análise de cerca de hora e meia que termina alertando para que os mortos desta guerra não serão na América, mas na Europa.

Pelo meio ainda aborda a eleição de António Costa para a presidência do Conselho Europeu.

Não tem que concordar com Agostinho Costa… mas, pelo menos, reflicta sobre uma opinião diferente.




(Para ver o vídeo em écran inteiro clique no canto inferior direito)

sábado, 22 de junho de 2024

CGTP AINDA MAIS CONTROLADA PELO PCP?

 

Foto obtida no espaço do Bloco de Esquerda


CGTP AINDA MAIS CONTROLADA PELO PCP?


O Jornal “O Público” publicou um artigo intitulado «Antigos dirigentes da CGTP contestam “domínio e controlo” do PCP» em que dá a conhecer uma carta enviada por esses dirigentes à Direcção daquela Central Sindical. (VER em https://www.facebook.com/photo/?fbid=10233384474900258&set=a.10232166750657913)



TEXTO

DA

CARTA ENVIADA

AOS

DIRIGENTES DA CGTP



O ALERTA NECESSÁRIO


A realidade dominante no movimento sindical, também na CGTP-IN, é crítica e de duração considerável e preocupante. A primeira condição para resolver decisivamente dificuldades ou crises é reconhecer essa realidade e enfrentá-la.


Quando surgem novos problemas e grandes desafios, como a precariedade, os novos empregos e tipos de contrato ou plataformas, impedindo vidas dignas, nomeadamente aos jovens trabalhadores; quando se impõe a redução e reorganização do tempo de trabalho e os algoritmos tomam conta da vida laboral; quando a emergência climática destrói empregos e as multicrises e as transições digital e energética ameaçam os empregos que conhecemos, constatamos a ausência de respostas por parte da maior organização sindical portuguesa.


Saída de um Congresso em que se exigia renovação de pessoas e métodos, a CGTP adotou um ainda maior fechamento, deixando de ter nos seus órgãos executivos quem, pela sua representatividade e presença ativa nos locais de trabalho, tem de ser tido em conta e assumir um papel mais relevante na condução da luta que é de todos. Quando precisamos de redes, cooperação e solidariedade europeia, vemos uma prática isolacionista que em nada beneficia uma resposta eficiente do todo sindical, que, para além das diferenças, que existem, precisa de unidade na ação. Quando se impõe ousadia e compromisso, renovação e inovação sindical, temos uma deriva sectária, falta de transparência, duvidosa representatividade, burocracia sindical ao serviço de estratégias alheias e negacionismo da sua própria crise.


Quando, por falta de funcionamento democrático, o Conselho Nacional confederal reuniu dois anos e meio sem a participação de todos os sindicalistas socialistas; quando a simples distribuição das propostas alternativas, vindas da corrente socialista ou da corrente bloquista foi sistematicamente recusada; e quando se esperaria que o Congresso último resolvesse o diferendo e engrandecesse o projeto unitário, este assumiu a ruptura e os sindicalistas socialistas ficaram ineditamente fora da Comissão Executiva, para onde mais uma vez os sindicalistas bloquistas foram barrados; quando as guerras avançam, a CGTP não pode ter dualidade de critérios nem reticências na defesa do direito dos povos à autodeterminação.


A composição político-partidária da direção da CGTP não tem hoje autonomia nem correspondência alguma com a realidade sociopolítica em terreno laboral. Tal se confirmou nas comemorações do 1º de Maio 2024, marcadas, principalmente no Porto, por um separatismo social inexplicável, expulsando do desfile organizações diversas, chamando até a polícia para tal impor. Aliás, o desfile de Lisboa evidenciou uma deriva inaceitável: o pano da frente da manifestação foi empunhado exclusivamente por elementos da maioria comunista dominadora da CGTP. Situação que se repete na Concertação Social, com representações amputadas na sua diversidade interna.


Agora, governados pela direita, com a extrema direita em crescendo, como é possível que seja quando na CGTP-IN a desunião e falta de democracia interna mais se manifesta? O que mais se impõe é o reforço e abertura da organização, a unidade, a capacidade de propor, lutar, negociar com ganhos. Mas a CGTP, a grande central unitária dos trabalhadores portugueses, mostra-se cada vez menos unitária e sofre o domínio e controlo duma força partidária. A CGTP evidencia-se cada vez menos de massas e muito menos autónoma. Assim perde credibilidade e vai desgastando o seu rico capital histórico. Assim tem perdido relevância. Assim, perde poder e, no jogo político social, não conta; faz de conta.


Nós, ex dirigentes, também somos CGTP e sabemos que esconder a crise, para não mostrar debilidades, não é solução: assumir, enfrentar e reforçar-nos quando solucionamos os problemas! Isso sim. Demos muito do nosso esforço ao longo das nossas vidas ao movimento sindical. Não podemos silenciar o alerta necessário. É PRECISO e URGENTE:


Recuperar a autonomia, respeitando o lugar dos partidos e recusando o domínio sectário e organizado de um partido sobre a orientação, direção e funcionamento da CGTP, que conflitua com a diversidade de convicções políticas dos trabalhadores e os afasta do sindicalismo;


Recuperar o caráter unitário efetivo da CGTP-IN, fiel às origens históricas, e adotar uma política real de unidade na ação com outras organizações sindicais, de trabalhadores e movimentos sociais, no respeito pelas distintas identidade;


Adotar uma democracia inclusiva, com debate efetivo, onde a voz e sensibilidade de todos conte, e promover a real participação, prestação de contas, transparência e real circulação de informação para construir as orientações e ação da central, rejeitando o funcionamento centralista da CGTP,


Desenvolver um debate amplo e participado, promover a análise concreta da realidade e responder às mudanças profundas e novos desafios do mundo do trabalho, sem o habitual discurso triunfalista que ignora fragilidades e erros próprios, investindo na análise autocrítica dos erros, fraquezas e insuficiências próprios. Os princípios da CGTP, a sua matriz original tem de ser recuperada. É preciso democracia interna, controlo democrático e participação sem discriminação! É preciso transparência! É urgente o fim do centralismo autoritário e sectário da atual maioria! É preciso autonomia e independência! É preciso unidade a sério! É urgente que todos os que querem um sindicalismo de classe, democrático, autónomo e solidário tenham lugar e se sintam bem na CGTP!


Os SIGNATÁRIOS


Ex-membros da Comissão Executiva


Adão Mendes

Américo Monteiro Oliveira

Armindo Carvalho

Augusta de Sousa

Carlos João Tomás

Carlos Trindade

Eduardo Chagas

Emídio Martins

Fernando Jorge Fernandes

Florival Lança

Maria Conceição Rodrigues

Maria Fátima Carvalho

Ulisses Garrido

Vivalda Silva


Ex membros do Conselho Nacional


António Avelãs

António Gomes

Antonio Guerreiro

António Morais

Augusto Pascoal

Branco Viana

Carlos Amado

Carlos Lopes

Deolinda Martin

Fernando Fidalgo

Fernando Lima

Francisco Alves

João Maneta

José Costa Velho

José Pinheiro

Manuel Grilo

Manuel Pinto Silva

Maria Graça Silva

Maria José Miranda

Mariana Aiveca




segunda-feira, 13 de maio de 2024

FÁTIMA – o contraditório

Imagem criada com recurso à IA

 

FÁTIMA – o contraditório


Hoje, 13 de Maio de 2024, repetem-se as anuais e já tradicionais peregrinações a Fátima e, permita-se-me recordar, aqui e agora, que não sendo Fátima “doutrina de fé“ não existe para os católicos a obrigação de não questionarem a chamada “verdade de Fátima”.

Considerando que não acreditar nas aparições de Fátima é, pela Igreja Católica Apostólica Romana, deixado ao livre arbítrio de cada católico, que se torna importante recordar o livro “Fátima SA” foi escrito por um padre, o Padre Mário de Oliveira.

Sobre este livro o Padre Mário Oliveira deu em 2015 uma entrevista à “Amarante TV” em que revela algumas das mais importantes partes do mesmo.

É esta entrevista, apresentada em duas partes.


Na primeira parte da entrevista é realçado que existem…

CONTRADIÇÕES NOS DOCUMENTOS


Na segunda parte da entrevista o Padre Mário de Oliveira afirma:

JESUS É UM MALDITO



quarta-feira, 24 de abril de 2024

O COMANDANTE DO 25 DE ABRIL

 

Imagem obtida na Revista ”O Referencial”


O COMANDANTE DO 25 DE ABRIL


Alea Jacta est” (“a sorte foi lançada”) foi a expressão de Otelo Saraiva de Carvalho, escutada pelos camaradas que o acompanhavam no Posto de Comando do MFA, instalado na Pontinha (Lisboa), quando ouviram “E depois do adeus”. Faltavam 5 minutos para as 23 horas.


Em todo o país os militares obedecendo ao plano estratégico guisado por Otelo davam início aos preparativos do que viria a ser uma Revolução vitoriosa.


Grândola, vila morena” foi anunciada aos 25 minutos do dia 25 abril de 1974 por Leite de Vasconcelos, no programa “Limite” da Rádio Renascença, confirmando que a revolução seria naquele dia.


A partir daquele momento os militares estavam na rua. A emoção no Posto de Comando era grande. Já não havia retorno!


É a Liberdade que nasce nessa madrugada. Otelo é um dos homens a quem devemos essa Liberdade. “O Comandante do 25 de Abril”, como o chamou Almada Contreiras.


No “O REFERENCIAL”, uma revista propriedade da “Associação 25 de Abril”, cujo número 142 é dedicado quase exclusivamente a Otelo Saraiva de Carvalho, muitos foram os que depois de um extenso texto sobre a vida de Otelo (SENHOR DO SEU DESTINO), o recordam nessa Revista:


Amadeu Garcia dos Santos (UM EXTROVERTIDO),

António Ramalho Eanes (OTELO TEM DIREITO A UM LUGAR DE PROEMINÊNCIA HISTÓRICA),

Carlos de Almada Contreiras (AO COMANDANTE DO 25 DE ABRIL),

Carlos Matos Gomes (MAS… …Dos que atiram a pedra e escondem a mão),

Francisco Barão da Cunha (LEMBRAS-TE?),

Franco Charais (UMA SINGELA HOMENAGEM),

Isabel do Carmo (DO LADO DOS FRACOS),

José António Santos (O VERÃO QUENTE DO ÓSCAR),

José Carlos Alvarez Tasso de Figueiredo (MADRUGADA DE 25 DE NOVEMBRO),

José Eduardo Fernandes de Sanches Osório (CUMPRIMOS A MISSÃO),

José Manuel Costa Neves (CARTA AO MAESTRO),

Luís Moita (CANDIDATURA DE OTELO EM 1976),

Luís Noronha Nascimento (SÍMBOLO MÍTICO DO 25 DE ABRIL),

M. Simões Teles (EM PROL DA MEMÓRIA),

Maria Manuela Cruzeiro (UM HOMEM DO NOSSO DESTINO),

Mário Tomé (COMANDANTE LIVRE DUMA REVOLUÇÃO LIBERTADORA),

Martins Guerreiro (O HOMEM E AS CIRCUNSTÂNCIAS),

Martins Guerreiro (OBRIGADOS A UMA PARAGEM DE REFLEXÃO E HOMENAGEM),

Miguel Judas (HUMILDE E INSUBMISSO),

Nuno Pinto Soares (REFERÊNCIA PARA TODOS),

Pedro de Pezarat Correia (OTELO, SEM SES… NEM MAS…),

Pereira Pinto (COM VISTA À DEMOCRACIA),

Rodrigo Sousa e Castro (UM AMIGO LEAL NO POSTO DE COMANDO),

Sérgio Bruno de Carvalho (MORREU O MEU QUERIDO PAI),

Vasco Lourenço (ESTES HOMENS TAMBÉM CHORAM).

As declarações sobre Otelo podem ser lidas e / ou “descarregadas”

AQUI


segunda-feira, 22 de abril de 2024

O LIVRO ESQUECIDO DA REVOLUÇÃO

 

Imagem obtida na “Livraria ler com gosto”


O LIVRO ESQUECIDO DA REVOLUÇÃO


Ao longo dos últimos 50 anos fizeram-se os mais diversos documentários e filmes alusivos ao 25 de Abril de 1974. Realizaram-se as mais esclarecidas entrevistas radiofónicas e televisivas sobre esta revolução. Escreveram-se os mais empolgantes textos difundidos em jornais e revistas.

E nestes 50 anos do 25 de Abril são inúmeros os livros que esmiúçam à exaustão o antes e o depois da Revolução, mas… há um livro que está esquecido:


ALVORADA EM ABRIL

Este livro de mais de 650 páginas, da autoria de quem, no dizer de Eduardo Lourenço, esteve “Colocado no centro de uma acção que num dia longo alterará uma rotina que parecia eterna, Otelo Saraiva de Carvalho está mais que indicado do que ninguém para desfibrar a trama daquilo que poderia ter sido apenas um golpe militar – e que acabou por ser bem sucedido, quer isso agrade ou não, uma Revolução das mais singulares da nossa história, e singular até no panorama dos movimentos revolucionários contemporâneos”.


Pois este livro anda para aí escondido. Porquê?

1 - Porque tem um prefácio de Eduardo Lourenço?

2 - Porque na primeira parte refere os acontecimentos “De 1954 a 1974: Em que medida a portuguesa História recente contribuiu para a formação do Movimento dos Capitães”?

3 - Ou porque analisa o que foi “A penúltima gota do cálice ou de como os capitães entram em cólera”?

4 - Ou ainda porque descreve qual foi “A última gota do cálice ou de como se chega finalmente à conclusão de que isto só vai à porrada”?

5 - Ou porque, finalmente, na quarta e última parte do livro se aborda “O triunfalismo do Regime e a teimosia dos capitães ou de como perder uma batalha não significa necessariamente perder a guerra”?

Mas, a importância deste livro também reside nos seus 32 anexos compostos por documentos de importância crucial para que a operação militar surgisse vitoriosa.

Seguramente que não terá sido por nenhum dos motivos acima evocados. Então será porquê? Por ser da autoria de Otelo Saraiva de Carvalho?


Na Assembleia da República exortam-se anualmente, com a presença dos muitos ainda vivos “capitães de Abril”, a data da libertação de um regime que ao longo dos anos deixou progressivamente de ser considerado fascista para assumir o estatuto de ditadura, deixando prever que dentro de outros 50 anos até poderá passar a ser classificado como um regime austero.


As músicas de intervenção, criadas ao tempo da ditadura e as que nasceram ao longo do PREC (Período Revolucionário Em Curso) foram sendo relegadas para o esquecimento e, agora, algumas, as que não trazem grandes incómodos, começam-se a ouvir.

O que talvez melhor defina estes 50 anos da Revolução do 25 de Abril serão as palavras de José Mário Branco na letra da sua extraordinária canção “Eu Vim de Longe”:

.../…

Tinha esta viola numa mão

Uma flor vermelha noutra mão

Tinha um grande amor

Marcado pela dor

E quando a fronteira me abraçou

Foi esta bagagem que encontrou

.../…

E então olhei à minha volta

Vi tanta esperança andar à solta

Que não hesitei

E os hinos que cantei

Foram frutos do meu coração

Feitos de alegria e de paixão

/…

Quando a nossa festa se estragou

E o mês de Novembro se vingou

Eu olhei pra ti

E então eu entendi

Foi um sonho lindo que acabou

Houve aqui alguém que se enganou

.../...

E então olhei à minha volta

Vi tanta mentira andar à solta

Que me perguntei

Se os hinos que cantei

Eram só promessas e ilusões

Que nunca passaram de canções

.../…

Quando eu finalmente eu quis saber

Se ainda vale a pena tanto crer

Eu olhei para ti

Então eu entendi

É um lindo sonho para viver

Quando toda a gente assim quiser




NOTA IMPORTANTE: Para quem não tem o livro “Alvorada em Abril” e não o consegue adquirir pode, se nisso tiver interesse, aceder gratuitamente ao mesmo AQUI