SEMANA DE 4 DIAS
“Toda a história do mundo do trabalho no capitalismo moderno é marcada pelo combate dos trabalhadores e dos sindicatos para a redução do tempo de trabalho e para o aumento do tempo de repouso e de lazer, essencial para a saúde, a realização pessoal, familiar e cidadã dos trabalhadores e para aumentar o espaço de liberdade e de autonomia nas suas vidas.
As manifestações dos trabalhadores norte-americanos em 1886, origem do 1º Maio como Dia Internacional do Trabalhador, foram pela jornada das 8 h de trabalho. E a Convenção nº 1 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, foi sobre a limitação da jornada de trabalho na indústria a 8 h diárias e a 48 h semanais.
Tem sido longa e árdua a caminhada para a redução do tempo de trabalho.
Nós ainda hoje temos uma média semanal de horas efetivamente trabalhadas superior à média europeia. Continua por cumprir a reivindicação das 35 h semanais, apesar do enorme aumento da produtividade e do progresso tecnológico. Continuamos a ser um país profundamente desigual, de baixa sindicalização, de elevada precariedade e de baixos salários, condições favoráveis à pressão para o aumento das jornadas de trabalho e para a prática do trabalho suplementar não pago.
A proposta do livro de Pedro Gomes de uma semana de trabalho de quatro dias, com uma robusta e inovadora fundamentação em defesa dos seus efeitos positivos para economia, para a produtividade, para o ambiente, para a qualidade de vida de todos, é uma contribuição estimulante para um novo e renovado impulso do debate sobre a redução e organização do tempo de trabalho diário e semanal. Diz o autor que, se a semana de 6 dias foi a epítome do século XIX e a semana de 5 dias a epítome do século XX, “a semana de 4 dias será a epítome do século XXI”.”
Pedro Gomes convida-o para o debate sobre este tema promovido pela PRÁXIS – Reflexão e Debate sobre Trabalho e Sindicalismo
7 de Junho 2022 (terça-feira), 21 h
DEBATE POR VIDEOCONFERÊNCIA
Participação de
Pedro Gomes, economista; professor em Birkbeck, Universidade de Londres; autor do livro “Sexta-Feira é o Novo Sábado”
Painel de comentadores:
Daniel Bernardino, Coordenador da CT Forvia – Faurecia
Joana Vicente, professora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
José Carlos Martins, Presidente do SEP – Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e da CE da CGTP-IN
Patrícia Caixinha, Presidente do STAS - Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora e do SN da UGT
Rogério Nogueira, Coordenador da CT Autoeuropa
Moderação
Catarina Almeida Pereira (jornalista)
Apresentação e encerramento do debate Henrique Sousa (Direcção da Práxis)
https://forms.gle/tr55bJ5gu6xDrdDf9
NOTA: A importância deste debate justifica que divulgue este convite que pode remeter para eventuais interessados ou reproduzi-lo nos seus espaços na internet acedendo AQUI
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