quinta-feira, 2 de outubro de 2025

ACÇÃO URGENTE DE PROTESTO


 (Imagem obtida no sitio da RTP)


MOVIMENTO DE SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA


Quinta-feira, dia 2 de outubro de 2025 – Ação de protesto urgente em frente à Embaixada de Israel em Lisboa: pela libertação dos cidadãos portugueses feitos reféns por Israel, pelo fim do cerco ilegal a Gaza e por sanções que travem os crimes contra o povo palestiniano cometidos pelo Estado de Israel.


Nota à comunicação social

O movimento de solidariedade com a Palestina convoca uma ação de protesto urgente amanhã, dia 2 de outubro, às 18h00, em frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, contra o ataque israelita à Global Sumud Flotilla.

Após dois anos de genocídio contra o povo palestino em Gaza e de contínuos ataques contra a Cisjordânia, o Estado de Israel continua a atacar, agora contra uma ação internacional pacífica. Desta vez o alvo foi a Global Sumud Flotilla, uma frota marítima composta por dezenas de pequenas embarcações que partiram de diferentes portos do Mediterrâneo rumo a Gaza e que inclui a delegação portuguesa composta por Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício. O ataque ocorreu após declarações explícitas de incitamento por parte de responsáveis israelitas, incluindo o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros, que anunciou publicamente a intenção de impedir a flotilha de chegar ao seu destino — uma retórica que procurou normalizar a violência e preparar o terreno para a agressão. O exército israelita interceptou os barco em águas internacionais, um ataque ilegal, em flagrante violação do direito internacional e da lei do mar, constitui uma agressão contra Portugal e contra muitos outros Estados. Foi um sequestro em águas internacionais e uma detenção arbitrária e ilegal, cuja libertação imediata se impõe.

Não podemos permanecer em silêncio, nem deixar de expressar a nossa indignação. Não se trata apenas da Palestina, mas também do futuro de um mundo que não pode aceitar viver sob a lei do mais forte. Exigimos que Portugal, no pleno exercício da sua soberania, aja com todos os meios diplomáticos e jurídicos ao seu dispor para garantir a libertação imediata dos seus cidadãos feitos reféns por Israel, um Estado que viola reiteradamente o direito internacional com total impunidade. Do mesmo modo, exigimos que o governo português use todos os instrumentos diplomáticos ao seu alcance para pressionar pelo fim imediato do cerco ilegal a Gaza e para promover, junto da União Europeia e das Nações Unidas, o estabelecimento de um corredor humanitário permanente. E, sobretudo, exigimos que o governo adote e concretize sanções efetivas contra Israel — tanto no quadro europeu como no plano bilateral — como medida essencial para responsabilizar o Estado de Israel e para cessar o genocídio em curso.

Portugal tem de se colocar, sem ambiguidades, do lado certo da história, pelos seus cidadãos, pela flotilha humanitária e pela Palestina.

Convidamos todas as pessoas solidárias com a Palestina, defensoras da paz e dos direitos humanos, e todos os cidadãos e cidadãs indignados com este ataque contra Portugal e contra os seus cidadãos, para se juntarem a nós neste protesto.

LIBERTAÇÃO DOS CIDADÃOS PORTUGUESES · FIM AO CERCO ILEGAL · SANÇÕES EFETIVAS A ISRAEL

        Palestina Livre! A Flotilha Humanitária somos nós!


AÇÃO URGENTE DE PROTESTO

5°FEIRA, 2 DE OUTUBRO 2025


AVEIRO (18:00) - PRAÇA DA REPÚBLICA - EM FRENTE À CÂMARA

BRAGA (19:00) - CHAFARIZ • CASTELO BRANCO (18:30) - EM FRENTE A CÂMARA MUNICIPAL

COIMBRA (18:00) - PRAÇA 8 DE MAIO

FARO (18:30) - ROTUNDA DO FORUM ALGARVE

LISBOA (18:00) - EM FRENTE À EMBAIXADA DE ISRAEL

PORTO (19:00) - PRAÇA D. JOAO (RIVOLI)

SETÚBAL (18:30) - PRAÇA DU BOCAGE

VISEU (18:00) - RUA DOM ANTÓNIO ALVES MARTIN 


quinta-feira, 1 de maio de 2025

VOCÊ e o 1º de Maio

 


VOCÊ


Sim, você que me está a ler e que talvez não o faça até ao fim porque estas ideias mexem consigo.


Você que não é solidário com o seu semelhante, mas que até contribui para os Bancos Alimentares Contra a Fome, com os peditórios para os bombeiros, para a Cruz Vermelha, para os pobres da sua igreja, porque você confunde solidariedade com caridade.


É para Você que não consegue ser solidário pelo menos uma vez no ano que escrevo estas palavras.


Hoje é o 1º de Maio, dia pelo qual milhares de trabalhadores por conta d’outrem lutaram, foram presos e morreram, para que pudesse ser festejado por todos em liberdade. Mas, milhares de trabalhadores em Portugal não vão poder festejar o 1º de Maio em Portugal porque os patrões e também Você os vão impedir.


São milhares os trabalhadores de serviços não essenciais (grandes superfícies) que são obrigados a trabalhar no dia 1º de Maio (e aos Domingos) porque os patrões a isso os obrigam e porque Você que vai fazer compras nesses estabelecimentos dá assim cobertura às argumentações do patronato.


Hoje, pelo menos hoje, saia à rua, festeje o 1º de Maio e não vá às grandes superfícies comerciais.


VIVA O 1º DE MAIO


Sugiro-lhe, para um maior e melhor esclarecimento desta temática que aceda a “Ladrões do Tempo


sexta-feira, 11 de abril de 2025

ENCERRAMENTO DO CENTRO DE FÉRIAS

 

Imagem obtida no espaço do MAIS Sindicato

O ENCERRAMENTO

DO

CENTRO DE FÉRIAS E FORMAÇÃO

(Propriedade do ex-SBSI)

Ferreira do Zêzere


ANTECEDENTES DO ENCERRAMENTO


Após a “Idade de Ouro” do sindicalismo bancário, não confundir com o período em que maiores conquistas politico-sindicais se conseguiram, o SBSI iniciou uma fase descendente e de forma acelerada. Bastaram 10 a 15 anos para se liquidarem direitos adquiridos, fruto de duras lutas desenvolvidas por gerações de bancários e, a degradação atinge níveis nunca pensados quando os bancários elegem administradores propostos pelas Tendências Sindicais Socialista e Social Democratas necessárias para manter a capacidade financeira da UGT.

A “Idade de Ouro” inicia-se no SBSI a 9 de Maio de 1988 e termina a (se a memória não me atraiçoa) 12 de Maio de 2000 com uma aliança, que durou 12 anos, entre militantes do PS, do PCP e independentes partidários propostos pelo PCP.

Se os resultados eram tão bons, porque não prosseguiram é a pergunta óbvia

Para conhecer, pelo menos, uma versão da história é necessário ler o que 5 sindicalistas à época escreveram sobre o assunto.

Esses 5 sindicalistas escreveram a 1 de Março de 2000 preconizando o futuro:


Com a ruptura da coligação actual há (se a lista PS/PSD/MRPP vencer!) consequências já evidentes:

Dificuldades na defesa dos bancários no que respeita à integração na Segurança Social que está em negociação; a gestão critiriosa actual dos SAMS em risco com o possível regresso de gente que os levou à beira da falência; avanço para os SAMS, dito único, facilitado; constituição duma Federação do Sector, a que se alienaria o poder de negociação colectiva; reforço da UGT, seja pela via organizacional (com a Federação) seja pelos apoios e facilidades indevidas.

É fácil concluir que a ruptura desta actual coligação não saem beneficiados os bancários, nem defendidos os seus interesses” (Convite à Inquietação - texto integral pode ser acedido abaixo)


A 23 de Janeiro de 2002 os mesmos sindicalistas perguntaram, dois anos depois do Comunicado de Março de 2000, quem de boa fé podia afirmar que estavam enganados?

Diziam então, além de outras ideias, o seguinte:


A actual Direção (PS/PSD/MRPP) ABRE UMA BRECHA PROFUNDA NA NEGOCIAÇÃO COLECTIVA DOS BANCÁRIOS.

- O Acordo de Empresa negociado secretamente com o Grupo BCP sem a participação dos trabalhadores e da Estrutura Sindical retira direitos aos trabalhadores e compromete as futuras negociações do Acordo Colectivo de todos os restantes Bancários;

- O Acordo SAMS / MEDIS confere mais direitos a alguns Bancários (o que é legitimo) à custa dos restantes que, não beneficiando de mais direitos, vêem aumentadas as despesas dos SAMS (o que é ultrajante).


Noutra parte do comunicado lê-se:


Quem empurrou e continua a empurrar os socialistas para os braços da direita sindical, não foram nem são as Listas Unitárias! Não foi e não é a CGTP!: foram e são decisões de alguns elementos com peso nas estruturas partidárias do PCP.

Criaram-se rupturas para atirar para os braços da direita sindical os socialistas, por forma a justificar projectos pessoais, de grupos e também partidários, consubstanciados na criação de um Sindicato” (Impõe-se falar verdade - texto integral pode ser acedido abaixo)


É então, por iniciativa de militantes do PCP, que nasce no Grupo CGD um sindicato de empresa, o STEC - Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos e, posteriormente, surge o SINTAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Financeiro.

Enquanto os banqueiros se unem para serem mais fortes, os Bancários são divididos por uma iniciativa de quem os deveria unir. Com a criação destes dois sindicatos o PCP promove a extinção das Listas Unitárias na Banca o que obriga um número significativo de sindicalistas, militantes do PCP (que não concordaram com a orientação do Partido), sindicalistas do PS, do PSD e, até, do CDS, que se não reconheciam nas práticas da Direção do SBSI, a constituírem o MUDAR – Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa.


CHORAR SOBRE O LEITE DERRAMADO?

OU LUTAR?


Não basta clamar nas redes sociais contra o estado a que o ex-SBSI chegou (e de que o encerramento do centro de Férias e Formação é o exemplo mais recente) devido à falência de objectivos construtivos de sucessivos administradores do Sindicato que, não podemos ignorar, foram propostos pelas Tendências Sindicais Socialista e Social Democrata.

A razão desta aliança contra natura reside essencialmente na necessidade de manter e criar a paz na UGT, pois não é possível também ignorar que o ex-SBSI é um dos maiores contribuintes financeiros desta Central Sindical.

Por outro lado, o MUDAR (ver AQUI) por si só dificilmente passa o seu projecto de forma autónoma, pois não tem um número de activistas suficiente e também não tem capacidade financeira, não obstante ter no seu seio sindicalistas de elevada reputação.

A Tendência Sindical Socialista (TSS) receia perder o controlo do ex-SBSI se não estiver aliada à Tendência Social Democrata (TSD) e, por sua vez, não consegue encontrar, no seio dos Bancários Socialistas, sindicalistas embuídos de espírito de missão e com conhecimentos mínimos do que representa o sindicalismo em Portugal, na Europa e no Mundo e da relação de forças com o patronato.

No Conselho Geral do ex-SBSI, onde as grandes linhas de orientação do sindicato se deveriam debater livre e profundamente, os membros que o compõem não têm (ou não querem ter) força anímica (para não utilizar outra expressão menos agradável) para se opor à progressiva descredibilização do sindicato.

Mas, para ir ao âmago da questão, também nos trabalhadores bancários, nomeadamente nos sócios do ex-SBSI, impera a descrença e a percepção de que o sindicato não tem força suficiente para obstar às pressões que sofrem por parte das entidades patronais, acrescido do facto de os dirigentes sindicais não saírem da Rua de S. José e, assim, serem entidades abstractas. Será, por ventura, uma das razões, senão a principal, por nas votações para os Corpos Gerentes uma maioria esmagadora não exercer o direito de voto. E, pasme-se!, nem precisam de se deslocar para votar.

Há também que equacionar o facto de se todas Tendências sindicais concorrerem isoladas às eleições a que vencer terá dificuldade em gerir o sindicato na medida em que as outras tendências poderão sempre criar uma oposição negativa relativamente a quaisquer propostas.

Assim, nos anos mais próximos, na minha opinião (e espero que não só na minha) as direcções futuras estarão condenadas a surgir de alianças entre pelo menos duas Tendências Sindicais. Contudo, a manter-se a actual coligação no ex-SBSI, o caminho para o descalabro será progressivo até a um ponto de não retorno.


PARA NÃO MAIS ENCERRAMENTOS

A SOLUÇÃO POSSÍVEL


O retorno à “Idade de Ouro” do sindicalismo bancário passa pelo assumir corajoso de obectivos de mudança por parte de sindicalistas responsáveis da Tendência Sindical Socialista e de sindicalistas da Tendência Sindical MUDAR que se comprometam com um Programa virado para a unidade na acção e, a bem dos trabalhadores bancários, concorrerem juntos às próximas eleições para os Corpos Gerentes do ex-SBSI.


CONVITE À INQUIETAÇÃO

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IMPÕE-SE FALAR VERDADE

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quinta-feira, 3 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 5º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(5º episódio de 5)

Do fim do pacto social ao futuro do trabalho


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quarta-feira, 2 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 4º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(4º episódio de 5)

O povo já não tem medo. A revolução


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terça-feira, 1 de abril de 2025

História do mundo do trabalho - 3º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(3º episódio de 5)

A alegria no trabalho. A ditadura


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QUE FORÇA É ESSA?

 

Imagem obtida no sitio de Tigre de Papel


QUE FORÇA É ESSA?

REVISTA SOBRE OS MUNDOS DO TRABALHO


Já está nas bancas, desde 26 de Março de 2025, o 1º número da Revista sobre os mundos do trabalho que pode ser adquirida ao preço de capa de 12,00 €


A Revista está

gratuita e integralmente disponível online

em formato PDF.


(ver AQUI)


Colaboram neste 1º número da Revista: Alain Supiot, Alexandre Abreu, António Monteiro, Fernandes Catarina, Gomes Santos, Daniel Borges, Fernando Rosas, Fátima Messias, Isabel Roque, Joana Bordalo e Sá, Joana Neto, José Soeiro, João Leal Amado e Teresa Coelho Moreira, João Reis, João Zenha Martins, Leïla Chaibi, Mafalda Araújo e Maria Manuel Rola, Manuel Carvalho da Silva, Manuel Freitas, Maria da Paz, Campos Lima, Maria Eduarda Pereira, Milena Rouxinol, Nuno Boavida, Nuno Dias, Nuno Teles, Ricardo Moreira, Rui Miranda, Soraia Duarte, Teresa Garcia, Ulisses Garrido. Vicente Ferreira. Viriato Rei.


Resumo (obtido através da IA)

O documento apresenta uma reflexão profunda sobre a relação entre trabalho, direitos laborais, e as transformações sociais e políticas contemporâneas. Aborda temas como a precarização do trabalho e a diferença entre "mundialização" e "globalização", além de explorar as implicações jurídicas e sociais de decisões judiciais relevantes sobre acidentes de trabalho e reparações. Também inclui comentários sobre a evolução da legislação trabalhista em Portugal, a luta dos sindicatos, a importância da negociação coletiva e a excelência artística de obras audiovisuais que capturam a condição trabalhadora.

Pontos Chave (obtido através da IA)

  • A distinção entre "mundialização" e "globalização" é fundamental para entender diferentes abordagens da cooperação internacional e sua relação com a justiça social.

  • O documento destaca a importância da diversidade cultural e os desafios que surgem na interseção entre direitos trabalhistas e o capitalismo contemporâneo.

  • Recentes decisões judiciais em Portugal, como as do Tribunal Constitucional, abordam a questão da inconstitucionalidade de normas que limitam a proteção dos trabalhadores.

  • O conceito de precariedade é discutido como uma característica central do trabalho contemporâneo, afetando tanto os setores tradicionais quanto os novos.

  • Organizadores do trabalho, como sindicatos, têm um papel crucial na defesa dos direitos dos trabalhadores frente às mudanças sociais e tecnológicas.

  • O impacto das legislações sobre o despedimento e a subcontratação é central para a discussão sobre o controle do trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores.

  • O cinema e a literatura são apresentados como meios potentes para explorar e criticar a condição dos trabalhadores, fornecendo visões essenciais sobre a luta e as realidades enfrentadas.


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segunda-feira, 31 de março de 2025

História do mundo do trabalho - 2º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(2º episódio de 5)

Não mais deveres sem direitos


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domingo, 30 de março de 2025

História do Mundo do Trabalho - 1º episódio de 5


 

De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho


O documentário "De Pé Sobre a História: O Mundo do Trabalho" da RTP aborda a evolução do trabalho ao longo da história, desde as sociedades agrárias até à era digital, examinando como as mudanças tecnológicas e sociais moldaram as relações laborais. Explora a exploração e as lutas dos trabalhadores por melhores condições, o surgimento dos sindicatos e o impacto da globalização e da automatização no emprego. O programa questiona o futuro do trabalho face à crescente desigualdade e à necessidade de um modelo mais justo e sustentável.


(1º episódio de 5)

Diz-me como trabalhas, dir-te-ei quem és


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quinta-feira, 27 de março de 2025

REFORMADOS BANCÁRIOS EM LUTA


 

REFORMADOS BANCÁRIOS EM LUTA


Um pouco mais de uma centena de bancários reformados por iniciativa do Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa (MUDAR), reuniram-se ontem, dia 27 de Março, em Lisboa, para analisar a situação no sector bancário, especificamente no que respeita aos bancários reformados.

A discussão esteve centralizada, essencialmente, na reivindicação de uma “Tabela Única para Activos e Reformados”.

A história conta-se em meia dúzia de palavras:

Até ao ano de 1990 os trabalhadores bancários quando se reformavam recebiam uma pensão de reforma equivalente ao vencimento liquido de quando estavam no activo. A partir dessa data e com o argumento dos impostos serem maiores para os trabalhadores bancários no activo que para os reformados (o que era verdade e tinha como consequência que os reformados ficavam a auferir rendimentos superiores aos trabalhadores no activo) foi acordado entre os banqueiros e os sindicatos dos bancários duas tabelas diferentes: uma para os trabalhadores bancários no activo e outra para os reformados. Este acordo salvaguardava, contudo, a hipótese de reversão caso se alterasse a situação.

De notar que os trabalhadores bancários (no activo e reformados, com um elevado sentido de justiça), considerando as circunstâncias à época e quiçá um tanto ingenuamente (?), deram o seu acordo. Todos? Seguramente que nem todos e aqui há que recordar um sindicalista de então (o Lopes de Silva) que em todas as reuniões ao longo da sua vida se opunha e contestava a decisão.

Constata-se que no presente, com a alteração da fiscalidade, os bancários reformados recebem cerca de menos 15% na reforma do que receberiam se estivessem no activo e se não tivesse sido acordada duas tabelas como acima é referido e com a salvaguarda prevista.

O quadro abaixo permite uma maior clarificação do que está em causa:



Face esta situação os reformados bancários, que já são 70% dos sócios dos sindicatos dos bancários e perante a inércia dos dirigentes sindicais para defender a maioria dos sócios deliberaram, por unanimidade.

MANIFESTAR O SEU DESCONTENTAMENTO

Brevemente será convocada, em data e hora a divulgar, uma manifestação junto da sede da Associação Portuguesa de Bancos como uma primeira fase de uma luta que se prevê ser difícil e, talvez por isso, que irá ter continuidade com outras iniciativas.

A reunião que durou mais que 3 horas terminou com uma sensação de tristeza dos bancários reformados pela falta de iniciativa dos dirigentes sindicais, a revolta perante a banca que com milhares de milhões de euros de lucro, não se disporem a repor a Tabela Única em que despenderiam menos de 1,5% dos lucros que tiveram neste último ano, mas com uma grande força de vontade para lutar pelos seus (deles bancários reformados) direitos e pelos dos futuros reformados que são os bancários ainda no activo.


MUDAR? O que é? Saiba  AQUI


segunda-feira, 24 de março de 2025

AUTO-SABOTAGEM (Israel e Tarifas)


 

AUTO-SABOTAGEM

(A Exceção Mortal de Trump em Israel & Loucura das Tarifas )


Qual é a justificativa de Trump bombardear um dos países mais pobres do mundo?

Quais são os efeitos de usar tarifas como uma ferramenta de política externa?

Na segunda parte desta conversa, estou novamente com o franco Embaixador Chas Freeman, que, entre muitas outras posições, serviu como Embaixador dos EUA na Arábia Saudita e mais tarde se tornou Secretário Assistente de Defesa nos anos 1990. Ele também foi o principal intérprete de Richard Nixon durante sua visita à China em 1972, que levou à normalização das relações entre os EUA e a China.


sábado, 22 de março de 2025

PUTIN JÁ VENCEU A GUERRA ?

 


PUTIN JÁ VENCEU A GUERRA ?

(Por que Trump está disposto a dar tanto a Putin )

Por que Trump está sendo tão condescendente com a Rússia?

E por que Putin está tão ansioso para acabar com a guerra através de negociações de paz, ao contrário da percepção das pessoas de que ele quer conquistar a Ucrânia?

Para responder a essas perguntas e obter insights sobre as recentes negociações de paz entre Rússia e EUA, hoje estou conversando mais uma vez com o franco Embaixador Chas Freeman, que, entre muitas outras posições, serviu como Embaixador dos EUA na Arábia Saudita e mais tarde se tornou Secretário Assistente de Defesa nos anos 1990. Ele também foi o principal intérprete de Richard Nixon durante sua visita à China em 1972, que levou à normalização das relações EUA-China.



sexta-feira, 21 de março de 2025

SILÊNCIO INDIGNO

 


SILÊNCIO INDIGNO


A importância de Daniel Cabrita no Movimento Sindical Português é hoje realçada num artigo da autoria de José Pedro Castanheira publicado na Revista do semanário “Expresso” ao longo de 6 páginas.


Não havia, no entanto, necessidade de realçar “os acontecimentos” (que muitos de nós já conheciam) que tiveram lugar no decorrer do interrogatório e da tortura a que Daniel Cabrita foi sujeito e que motivou as reações do Partido Comunista Português, já após a libertação de Daniel Cabrita, já após o 25 de Abril e já no decorrer do velório sobre o qual o jornalista José Pedro Castanheira escreve;


(…) Ao lado da urna foram colocadas duas bandeiras: a da CGTP e a do PCP. A central sindical compareceu em peso ao último adeus. A começar pelo atual secretário-geral, Tiago Oliveira, mas também os anteriores, Isabel Camarinha e Arménio Carlos, enquanto Carvalho da Silva, um velho e querido amigo, ficou retido em casa por graves razões de saúde


Já do PCP não esteve nem o actual nem nenhum dos anteriores secretários-gerais, assim como nenhum deputado. A morte deste seu histórico militante foi assinalada não pelo Comité Central mas por uma nota da organização concelhia do Barreiro.(…)”

(sublinhados da minha autoria)


Esta forma de escrever sobre Daniel Cabrita faz com que a centralidade do tema se canalize para as atitudes do PCP, quando se deveriam centrar na importância dos contributos de Daniel Cabrita para o início do fim do sindicalismo corporativo, para a constituição do que veio a ser a CGTP-IN e para, em última análise, a defesa dos interesses, das garantias e dos direitos dos trabalhadores e, nomeadamente, dos trabalhadores bancários.


Contudo, esta abordagem na Revista do “Expresso” da “história” de Daniel Cabrita, considerando que é um semanário de âmbito e reputação nacional, revela bem a importância deste “nosso” sindicalista que foi Presidente da Direção do ex-SBSI e faz-nos, a nós bancários, perguntar:


A QUE SE DEVE O SILÊNCIO DA DIREÇÃO DO ex-SBSI?


MANIPULAÇÃO E IMPARCIALIDADE

 


MANIPULAÇÃO E IMPARCIALIDADE


O que seria da nossa visão da Europa e do mundo se não tivéssemos acesso através do mundo digital a temas que nos grandes meios de comunicação não passam?


 



Como nos sistemas totalitários, formou-se no Ocidente uma cultura de massa vigilante para com a dissidência. Na imprensa ocidental, vozes desafinadas, jornalistas e colaboradores, mesmo académicos prestigiados, foram afastados. Nas universidades, fez-se caça às bruxas. Carreiras profissionais foram interrompidas. O objetivo de quem domina e manipula consiste em manter o controlo da narrativa binária: “ou és amigo, ou és inimigo”. Para isso, seria preciso esconder os factos, se não fosse possível destruí-los.


EUA: ENTRE MANIPULAÇÃO E IMPARCIALIDADE HOMÉRICA

por Viriato Soromenho-Marques


Uma das mais dolorosas aprendizagens durante estes mais de três anos de guerra na Ucrânia tem sido a de confrontar-me com o trágico declínio da honorabilidade académica e do brio intelectual, tanto nas instituições universitárias como nos meios de comunicação social.

É com tristeza que tenho acompanhado o modo como professores, investigadores e jornalistas têm violado o imperativo de “imparcialidade homérica”, expressão cunhada por Hannah Arendt para definir uma virtude específica da tradição espiritual do Ocidente: a capacidade de analisar com objetividade a realidade, a natureza das situações, e os motivos dos agentes coletivos e individuais, mesmo no quadro de conflitos violentos.

O exemplo indicado por Arendt foi o do modo como Homero, na Ilíada, tratou as principais personalidades envolvidas nesse grande drama épico, escrito na aurora da literatura europeia: o príncipe troiano, Heitor, e o herói grego, Aquiles. O imortal autor grego não menorizou nem diabolizou Heitor, nem idolatrou Aquiles. Pelo contrário, procurou reconhecer neles as qualidades humanas e os motivos que dirigiam a sua conduta. Isso significa estar atento aos dados reais, aos factos elementares, fazendo abstração dos preconceitos.

Na guerra da Ucrânia nada disso aconteceu. A invasão militar russa, libertou no Ocidente um tsunami propagandístico que há muito esperava que ela acontecesse. Slogans correram a imprensa de todo o mundo, nomeadamente, a frase “invasão não provocada”. Riscar a história, significa colocar a invasão num plano estritamente jurídico e moral.

Se uma agressão não tem causas, isso significa que se tratou do ato de um agente malévolo. Ao aceitarem a tese de uma invasão fora da esfera objetiva e material da causalidade, muitos cientistas sociais juntaram-se ao registo ululante e propagandista de uma nova vaga de russofobia, que há muito estava a ser preparada. Já em 2014, Kissinger acusava a crescente diabolização de Putin nos meios de comunicação social americanos como sendo o pior exemplo da ausência de uma política realista dos EUA perante a Rússia. Na verdade, a russofobia, velha presença na cultura ocidental, foi intensificada nos últimos quinze anos. Disso são prova os filmes e séries, onde os russos são sempre tratados como criminosos.


HENRY KISSINGER, CONFERÊNCIA DE SEGURANÇA DE MUNIQUE, 2014

Perante a guerra, esta ou qualquer outra, o que se espera de um intelectual é o exercício da sua capacidade analítica, antecipada pela procura dos dados empíricos que são as fontes primárias que alimentam o pensamento crítico.

Nada disso sucedeu. Como nos sistemas totalitários, formou-se no Ocidente uma cultura de massa vigilante para com a dissidência. Na imprensa ocidental, vozes desafinadas, jornalistas e colaboradores, mesmo académicos prestigiados, foram afastados. Nas universidades, fez-se caça às bruxas. Carreiras profissionais foram interrompidas. O objetivo de quem domina e manipula consiste em manter o controlo da narrativa binária: “ou és amigo, ou és inimigo”. Para isso, seria preciso esconder os factos, se não fosse possível destruí-los.

Agora, quando a guerra se encontra num momento tão sangrento como decisivo, a necessidade de mergulhar nas fontes, de conhecer os acontecimentos, de ler os documentos, é mais necessária do que nunca. Nesse sentido, os norte-americanos sempre se portaram melhor do que os europeus. Enfrentaram com mais coragem os obstáculos, também imbuídos pelo imperativo ético de denunciarem os abusos praticados pelo seu país para ocultar as suas próprias responsabilidades.

São três documentos de autores norte-americanos, aquilo que gostaria de propor ao leitor. Estes três contributos são de uma riqueza extraordinária, e são acessíveis a todos os que a eles queiram aceder. Indispensáveis para a formulação de um juízo esclarecido e livre.


JEFFREY SACHS

PRIMEIRO. Conferência de Jeffrey Sachs no Parlamento Europeu. No dia 21 de fevereiro, por convite do deputado alemão, conde Michael von der Schulenburg (da Aliança Sahra Wagenknecht), um dos mais famosos e influentes economistas mundiais veio falar ao Parlamento Europeu, até hoje uma das mais belicistas instituições da UE. Durante mais de hora e meia, Jeffrey Sachs falou com conhecimento de causa, profunda sabedoria e notável eloquência sobre a sua experiência vivida junto de responsáveis políticos dos EUA e da Rússia, além de outros países do leste europeu, durante os mais de 30 anos que precederam a guerra. Testemunhou com veemência o efeito devastador de uma política externa dos EUA, onde o excesso de vontade de poder contrastava com a falta de competente prudência (1).

SEGUNDO. Uma Cronologia da Guerra da Ucrânia. Dois escritores e jornalistas independentes americanos – Matt Taibbi e Greg Collard – produziram um documento que é um tesouro documental para historiadores profissionais e amadores. Inseridas nessa cronologia, encontram-se 114 documentos – ofícios desclassificados, filmes, gravações áudio, cópias de declarações oficiais, etc. -, desde a célebre reunião de 9 de fevereiro de 1990 (quando os EUA prometeram à URSS de Gorbachev que a NATO não se estenderia para Leste…) até à atualidade. Descarregando estes materiais, o leitor poderá construir o seu próprio arquivo sobre o sombrio rasto deixado pelas reais causas deste conflito (2).

TERCEIRO. As responsabilidades do Ocidente. O terceiro e último documento é um ensaio breve, mas muito esclarecedor, de um investigador independente, Benjamin Abelow. Escrito no início do conflito, este ensaio recolhe uma pertinente informação sobre os numerosos esforços de diplomatas, políticos e académicos norte-americanos que tentaram evitar o alargamento da NATO e a degradação crescente das relações russo-americanas que tal implicaria. Muito bem assente nos dados empíricos, o ensaio partilha com os leitores o pensamento de autores de grande relevância, entre os quais sobressaem os seguintes: John Mearsheimer, Stephen F. Cohen, Richard Sakwa, Gilbert Doctorow, George F. Kennan, Chas Freeman, Douglas Macgregor, e Brennan Deveraux (3).

Trata-se de uma oportunidade única de alargar horizontes. Sobretudo, o leitor pode encontrar aqui instrumentos que o imunizam contra a poderosa máquina de desinformação e manipulação, que considera a liberdade do espírito crítico como o seu principal inimigo.


REFERÊNCIAS

Jeffrey Sachs (21 02 2025) Brings Real Politics to the EU Parliament (1h 38’). https://www.youtube.com/watch?v=_RNE3X41IvM


Matt Taibbi & Greg Collard (07 03 2025), Timeline: The War in Ukraine.

https://www.racket.news/p/timeline-the-war-in-ukraine…


Benjamin Abelow, How the West Brought War to Ukraine. Understanding how U.S. and NATO Policies led to Crisis, War, and the risk of Nuclear Catastrophe, Great Barrington, Siland Press, 2022. https://progressivehub.net/.../How-the-West-Brought-War...


FONTE: Ver AQUI onde também pode encontrar outros tipos de informação que podem contribuir para alargar a sua (nossa) visão da Europa e do Mundo.