DIRECÇÃO
PRECISA-SE
“A
velha máxima volta a assombrar o nosso Serviço de Saúde: Se não
souberes para onde vais todos os caminhos são incertos. E é o que
parece estar a acontecer com os SAMS. Sem grande base técnica e
científica fecharam tudo, de um dia para o outro, e agora,
assistimos a uma reabertura muito insuficiente e aos tropeções.”
O
trecho acima transcrito é parte integrante do Comunicado do
“Movimento de Unidade Democracia e Acção reivindicativa”
(MUDAR), tendência sindical constituída no Sindicato dos Bancários
do Sul Ilhas (que faz parte do neófito MAIS Sindicato) e, quer se
goste ou não (eu gosto), é a única oposição organizada que tem
capacidade para resistir e lutar contra a perda de direitos dos
trabalhadores bancários e o ainda inexplicável encerramento dos
SAMS.
O
Comunicado do MUDAR (ver AQUI) coloca a questão do encerramento dos
SAMS de forma factual e sem demagogias, analisando as diferentes
situações que o encerramento abrange.
Mas,
o Comunicado também refere, embora sem aprofundar, a Ordem de
Trabalhos do próximo Conselho Geral.
Primeiro,
a ainda não resposta à inclusão de um ponto para analisar o
encerramento dos SAMS, inclusão solicitada pelos Conselheiros eleitos nas
Listas do MUDAR. Será um escândalo, um atropelo à democracia, que
uma matéria que constitui uma preocupação para a maioria dos
Bancários venha a ser recusada a sua discussão no Conselho Geral.
Segundo,
a proposta da Direcção do SBSI de adiar por um ano as eleições previstas para o próximo mês de Outubro. Esta
Direcção está consciente que, a verificarem-se eleições nos
prazos previstos, poderá vir a ser derrotada pelos trabalhadores
bancários descontentes com uma Direcção que lhes retirou
inexplicavelmente o direito à saúde.
E
é para estas duas importantes questões que o Comunicado do MUDAR, muitíssimo
bem elaborado, chama a atenção dos trabalhadores bancários.
Será
que os bancários irão ficar indiferentes, apáticos, sem apoiarem o
MUDAR? Irão deixar o MUDAR sozinho a desenvolver uma luta que deverá
ser de todos?
Muitos
se interrogarão da forma de poderem, através do MUDAR, demonstrar a insatisfação que sentem. A minha sugestão é a de acederem à página
do Facebook do MUDAR (ver AQUI) e de alguma forma expressarem o
apoio, divulgando, pelos meios de que disponham, as posições e
comunicados do MUDAR, para que cheguem ao maior número de
trabalhadores.
Não
é só a abertura dos SAMS que está em causa. É a transformação
dos SAMS, tal como o conhecemos, que está em causa. Parar essa
previsível transformação não é possível enquanto uma Direcção
com a composição da actual se mantiver na gestão de um Serviço de
Saúde de cariz eminentemente social.
É,
pois, imprescindível, que os bancários demonstrem o seu apoio ao
MUDAR. Não um apoio cego, não um apoio a qualquer preço. Um apoio
consciente, um apoio com base num Programa de Acção.
É,
pois, também imprescindível, que o MUDAR apresente progressivamente
aos bancários, capítulo a capítulo, um Programa de Acção para
uma futura Direcção que tenha uma composição diferente da actual.
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