terça-feira, 24 de março de 2020

E AGORA?

Imagem obtida no Portal “Viés”





E AGORA?

Quando questionei no meu artigo de opinião “FECHO DAS URGÊNCIAS EM TRÊS LINHAS?” (ver AQUI) admitia a pouca (ou nenhuma) relevância que o Presidente da Direcção do SBSI (agora chamado MAIS Sindicato) dava aos bancários.

Não fiz na altura um juízo de valor negativo, até admiti que houvesse razões para encerrar TODO o sistema de saúde dos bancários, mas critiquei fortemente a atitude da Direcção do SBSI em dar a informação numas míseras 3 linhas.

Tenho também estranhado o incompreensível silêncio dos votantes e apoiantes dos actuais Corpos Gerentes do SBSI perante uma situação de que progressivamente se vem a ter conhecimento (ver AQUI) das razões que levaram a um desfecho causado, pelo menos, pela inércia de quem tinha a obrigação de tomar medidas imediatas.

(Antes que alguém me venha acusar de estar a procurar tirar dividendos político-sindicais desta situação e que “nesta hora difícil todos devemos estar unidos” esclareço que a unidade na acção contra o COVID 19 não pode permitir que se pactue com quem não toma decisões que se querem atempadas ou que as toma de forma incompetente e em razão das decisões provoque o prejuízo de milhares de pessoas.)

A gravidade da situação, em que todo o sistema de saúde dos bancários é encerrado, com prejuízo para milhares de bancários e respectivas famílias, em que, para já, se sabe que pelo menos 18 pessoas foram infectadas e que uma está gravemente atingida, justifica que um inquérito independente seja exigido por todos os bancários e, sobretudo, por todos os ex-dirigentes desta instituição sindical.

Para Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS),esta atitude teve consequências drásticas, com aumento exponencial do número de profissionais infetados por Covid-19, “alguns deles internados e em risco de vida”. O contágio só aconteceu porque, segundo a organização sindical, a administração dos SAMS insistiu em manter em exercício de funções os profissionais que estiveram em contacto com doentes infetados. Ainda assim, hoje continuavam a trabalhar e foi o sindicato que os informou do lay-off em vigor a partir de amanhã, afirma a sindicalista do Guida da Ponte. e responsabiliza a administração dos SAMS pela sua reprovável atuação, nomeadamente ao nível da omissão das condições de segurança e saúde dos trabalhadores médicos”. (sublinhado meu)

Já Sindicato Independente dos Médicos (SIM) afirma que o SBSI “se aproveitou oportunisticamente da catástrofe que se abateu sobre Portugal e o mundo e do estado de emergência decretado, castigando os seus trabalhadores, arremessando-lhes o 'lay-off”.

Perante as informações que nos vão chegando o Presidente da Direcção do SBSI tem a obrigação de esclarecer se as não medidas que tomou foram feitas à revelia e contrárias ao aconselhamento das Direcções médicas dos SAMS/SBSI ou se foram as Direcções médicas que o aconselharam a não tomar quaisquer medidas preventivas. Porque este esta questão faz toda a diferença no alancar das responsabilidades que devem ser atribuídas.

Termino, por agora, com uma pergunta a TODOS os bancários:

QUE VAMOS FAZER?



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