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obtida no portal do SBSI
O
COMUNICADO DO SBSI
A
Direcção do SBSI (Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas), pressionada pelas circunstâncias, emitiu
um comunicado (ver
AQUI),
agora
com mais de 3 linhas.
As
linhas de força deste Comunicado são, quanto a mim, quatro
O
agradecimento aos médicos;
A
cronologia do que aconteceu;
A
solução (?) encontrada;
A
vitimização.
AGRADECIMENTOS
AOS MÉDICOS
Solidarizo-me
com este agradecimento, não só aos médicos dos SAMS, mas a todos
os profissionais de saúde e aos profissionais administrativos e
auxiliares que trabalham no nosso sistema de saúde. Contudo, seria
importante que todos nós soubéssemos quem responsabilizar caso não
tiverem sido
tomadas
medidas atempadas que evitassem os contágios, como, por exemplo, o
não
se ter colocado
em quarentena os trabalhadores ou doentes contagiados ou que tivessem
estado em contacto com pessoas infectadas.
Se
os Directores Clínicos não tomaram medidas atempadas e / ou as não
propuseram são eles, médicos, os primeiros responsáveis; se as
propuseram e não foram aceites é a Direcção do SBSI a única
responsável. E, sobre isto, o comunicado da Direcção do SBSI nada
diz, nada esclarece.
A
CRONOLOGIA DO QUE ACONTECEU
Não
duvido que o que está escrito foi o que aconteceu, mas duvido que
tudo o que não aconteceu, mas devia ter acontecido, esteja escrito.
Quando
a Direcção Clínica e/ou a Direcção do SBSI tomaram conhecimento
que houve pessoas infectadas mandaram colocar essas pessoas em
isolamento e afastaram do serviço as pessoas que foram contactadas
pelos infectados? Há que informar se esta medida se verificou. Há
que proceder a um inquérito para desfazer quaisquer dúvidas ou
boatos e responsabilizar quem quer que seja se for caso disso.
A
SOLUÇÃO (?) ENCONTRADA
A
solução encontrada, já conhecida dos trabalhadores bancários, foi
a “interrupção
da totalidade da atividade”
dos serviços dos SAMS.
Imagine-se
o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a proceder de igual forma!
Qual seria o caos que se geraria no país e como seriam os protestos
da população se fosse interrompida a total actividade do SNS.
(In)felizmente os bancários são pacificamente civilizados.
Há
quem pergunte qual a alternativa NESTA FASE INFECCIOSA dos SAMS? Sem
certezas nem convicções e na minha ignorância, considero que o
Serviço Nacional de Saúde é um exemplo dos procedimentos que os
SAMS podiam ter copiado com as necessárias adaptações.
1
– Manter todos os trabalhadores dos SAMS nos seus postos de
trabalho, proporcionando-lhes os meios necessário para se defenderem
de um eventual contágio, excepto, obviamente, sem a presença dos
que estivessem infectados ou fossem suspeitos de o poderem estar;
2
– Promoverem o atendimento médico telefónico aos beneficiários;
3
– O atendimento presencial seria autorizado aos que após o
atendimento telefónico fossem encaminhados pelo médico para os
serviços com horário disponível e para os mais próximos da residência do
beneficiário ou para as urgências, consoante a gravidade que fosse
perceptível;
4
– Os beneficiários suspeitos de estarem infectados com COVID-19
teriam que recorrer ao SNS24.
Outra
foi a decisão da Direcção do SBSI. E com essa decisão milhares de
bancários, beneficiários dos SAMS, ficaram impedidos de ter acesso
em melhores condições à saúde.
A
VITIMIZAÇÃO
Tal
como previ e já disse, a Direcção termina
o comunicado
afirmando:
“Lamentamos
o aproveitamento deste momento particularmente difícil para outros
fins que não aquele em que todos, mas mesmo todos, devemos estar
focados. Haverá muito tempo para combate político e negociação
colectiva”
Sobre
este trecho claramente político-sindical, afirmei
e repito, sem me referir concretamente a quem quer que seja, mas
genericamente,
o seguinte:
“Antes
que alguém me venha acusar de estar a procurar tirar dividendos
político-sindicais desta situação e que “nesta hora difícil
todos devemos estar unidos” esclareço que a unidade na acção
contra o COVID 19 não pode permitir
que se pactue com quem não toma decisões que
se querem atempadas ou que as toma de forma incompetente e em razão
das decisões provoque o prejuízo
de milhares de pessoas.”
NOTA
IMPORTANTE
Já
depois deste texto de opinião ter sido escrito está-se a
constatar, pelo que a Comunicação Social está a divulgar, que as
entidades privadas de saúde já se encontram disponíveis para
receber, acompanhar e tratar, nas próprias instalações, pessoas
infectadas com o COFID-19 sem que tenham que as enviar para o SNS.
Estas
entidades privadas adaptaram-se rapidamente às circunstâncias do
momento criando condições para prestar todos os cuidados de saúde
que devem ser assegurados por uma entidade prestadora de serviços de
saúde.
E
os SAMS / SBSI?
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A
cada dia que passa a história dos SAMS agrava-se…
Lentamente
a história vai-se conhecendo e. ao que é dito, a “DECISÃO
FOI TOMADA EM CIMA DO JOELHO EM FUNÇÃO DO PÂNICO QUE SE GEROU POR
HAVER CASOS DE COVID-19 NO HOSPITAL”.
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