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obtida no Portal “Isto é Dinheiro”
PARA
BREVE A ABERTURA DOS SAMS
(Trabalhadores
começam a regressar aos postos de trabalho)
O
PASSADO
Hoje,
dia 6 de Maio, completam-se
55 dias sobre
a informação em
que
os responsáveis dos
SAMS comunicaram
aos
utentes que estava impedido o acesso a todas as unidades de saúde e
que passaria a ser privilegiado
o contacto telefónico.
Muitos
foram os acontecimentos que entretanto se verificaram:
-
Os vários comunicados dos responsáveis dos SAMS esforçando-se por
explicar as razões que os levaram ao encerramento,
mas
sem responder às questões de fundo;
-
As posições assumidas pelos sindicatos representativos dos
trabalhadores dos SAMS, nomeadamente do Sindicato Independente dos
Médicos, do Sindicato
dos Médicos da Zona Sul, sem esquecer a Ordem dos Médicos e a
própria Direcção Geral de Saúde, além de muitos trabalhadores
dos SAMS em declarações aos órgãos de comunicação social;
-
A Comunicação Social também
não
pode deixar de fazer eco do inopinado e impensável encerramento dos
SAMS e divulgou alguns artigos de opinião sobre o tema;
-
Nas redes sociais, os bancários, os trabalhadores dos SAMS e alguns
dos antigos dirigentes do sindicato pronunciaram-se
contra um encerramento para o qual não encontravam uma explicação
plausível;
-
Diversas mensagens de protesto foram remetidas aos dirigentes dos
SAMS e até uma Petição Pública surgiu
na Internet;
Por
último, a Secção de Reformados do Sindicato dos Bancários
convocou uma Manifestação para amanhã, dia 7 de Maio, em protesto
contra o encerramento dos serviços e pela abertura dos mesmos,
tendo, inclusive, convidado várias individualizadas para se
pronunciarem no decorrer da Manifestação, manifestação que
mereceu há uns dois dias o apoio do MUDAR, tendência sindical que
se opõe à actual Direcção do SBSI.
Sobre
esta Manifestação, a minha opinião pode ser acedida AQUI.
O
PRESENTE
Como
julgo saber, o período de lay
off , em
que os trabalhadores do SBSI se encontravam, terminou ontem. Talvez,
por isso, os
Recursos Humanos do SBSI comunicaram ontem
(dia
5 de Maio),
salvo erro ao fim da tarde, aos
trabalhadores que se deviam apresentar ao serviço hoje (dia
6 de Maio).
A
ser verdade esta deliberação, parece-me que muitos dos
trabalhadores não terão conhecimento atempado da mesma e,
consequentemente, não estarão nos respectivos postos de trabalho
conforme lhes é ordenado.
Consta,
igualmente, que não existem meios de protecção disponíveis e
adequados, pelo que, se assim for, existe um sério perigo de
contágio e, logicamente,
a dispersão da epidemia.
O
FUTURO
Contudo,
esta deliberação, pode levar a algumas conclusões:
1º
– Tendo terminado o lay
off
os dirigentes do SBSI não quiseram suportar o pagamento integral dos
ordenados que estavam a ser pagos através
do
erário público e pelos trabalhadores dos SAMS, em ⅔, e apenas em
⅓ pelos SAMS.
2º
– Que
as
pressões de diversas entidades (como as que acima referi), dos
trabalhadores dos SAMS, dos bancários e de uma Manifestação,
convocada para amanhã (dia 7 de Maio), cuja participação é uma
incógnita, mas que não deixará de ser referida pela Comunicação
Social, estarão
a apressar o regresso a uma nova normalidade.
3º
– Que lentamente, mesmo
muito
lentamente, as unidades de saúde dos SAMS irão progressivamente
estar operacionais até aos fins de Maio, esmaecendo, assim, as
contestações e manifestações dos opositores à política
seguida pela Direcção
do SBSI e permitindo, posteriormente, o auto elogio pelas medidas que
terão contribuído, segundo dirá a Direcção do SBSI, para vencer
o COVID-19.
É
absolutamente
necessário
que os bancários se não deixem “embalar” pelo regresso a uma
quase normalidade e não esqueçam este passado recente e quem é
responsável pelas incorrectas medidas que tomaram;
É
absolutamente necessário
que a oposição a esta Direcção não se manifeste só quando há
eleições ou aquando
se verifiquem acontecimentos relevantes;
É
absolutamente necessário
que haja uma permanente pedagogia que alerte constantemente
os
Bancários para tudo o que se verifica no Sindicato e nos SAMS;
É
absolutamente necessário
que se comece, desde já, a construir uma alternativa à composição
desta Direcção.
Será estultícia
que os bancários queiram políticas diferentes das actuais, tanto no
Sindicato como nos SAMS, com uma Direcção com a composição da
actual.
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