quarta-feira, 6 de maio de 2020

PARA BREVE A ABERTURA DOS SAMS



Imagem obtida no Portal “Isto é Dinheiro”


PARA BREVE A ABERTURA DOS SAMS

(Trabalhadores começam a regressar aos postos de trabalho)


O PASSADO

Hoje, dia 6 de Maio, completam-se 55 dias sobre a informação em que os responsáveis dos SAMS comunicaram aos utentes que estava impedido o acesso a todas as unidades de saúde e que passaria a ser privilegiado o contacto telefónico.

Muitos foram os acontecimentos que entretanto se verificaram:

- Os vários comunicados dos responsáveis dos SAMS esforçando-se por explicar as razões que os levaram ao encerramento, mas sem responder às questões de fundo;

- As posições assumidas pelos sindicatos representativos dos trabalhadores dos SAMS, nomeadamente do Sindicato Independente dos Médicos, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, sem esquecer a Ordem dos Médicos e a própria Direcção Geral de Saúde, além de muitos trabalhadores dos SAMS em declarações aos órgãos de comunicação social;

- A Comunicação Social também não pode deixar de fazer eco do inopinado e impensável encerramento dos SAMS e divulgou alguns artigos de opinião sobre o tema;

- Nas redes sociais, os bancários, os trabalhadores dos SAMS e alguns dos antigos dirigentes do sindicato pronunciaram-se contra um encerramento para o qual não encontravam uma explicação plausível;

- Diversas mensagens de protesto foram remetidas aos dirigentes dos SAMS e até uma Petição Pública surgiu na Internet;

Por último, a Secção de Reformados do Sindicato dos Bancários convocou uma Manifestação para amanhã, dia 7 de Maio, em protesto contra o encerramento dos serviços e pela abertura dos mesmos, tendo, inclusive, convidado várias individualizadas para se pronunciarem no decorrer da Manifestação, manifestação que mereceu há uns dois dias o apoio do MUDAR, tendência sindical que se opõe à actual Direcção do SBSI.

Sobre esta Manifestação, a minha opinião pode ser acedida AQUI.


O PRESENTE

Como julgo saber, o período de lay off , em que os trabalhadores do SBSI se encontravam, terminou ontem. Talvez, por isso, os Recursos Humanos do SBSI comunicaram ontem (dia 5 de Maio), salvo erro ao fim da tarde, aos trabalhadores que se deviam apresentar ao serviço hoje (dia 6 de Maio).

A ser verdade esta deliberação, parece-me que muitos dos trabalhadores não terão conhecimento atempado da mesma e, consequentemente, não estarão nos respectivos postos de trabalho conforme lhes é ordenado.

Consta, igualmente, que não existem meios de protecção disponíveis e adequados, pelo que, se assim for, existe um sério perigo de contágio e, logicamente, a dispersão da epidemia.


O FUTURO

Contudo, esta deliberação, pode levar a algumas conclusões:

1º – Tendo terminado o lay off os dirigentes do SBSI não quiseram suportar o pagamento integral dos ordenados que estavam a ser pagos através do erário público e pelos trabalhadores dos SAMS, em ⅔, e apenas em ⅓ pelos SAMS.

2º – Que as pressões de diversas entidades (como as que acima referi), dos trabalhadores dos SAMS, dos bancários e de uma Manifestação, convocada para amanhã (dia 7 de Maio), cuja participação é uma incógnita, mas que não deixará de ser referida pela Comunicação Social, estarão a apressar o regresso a uma nova normalidade.

3º – Que lentamente, mesmo muito lentamente, as unidades de saúde dos SAMS irão progressivamente estar operacionais até aos fins de Maio, esmaecendo, assim, as contestações e manifestações dos opositores à política seguida pela Direcção do SBSI e permitindo, posteriormente, o auto elogio pelas medidas que terão contribuído, segundo dirá a Direcção do SBSI, para vencer o COVID-19.


É absolutamente necessário que os bancários se não deixem “embalar” pelo regresso a uma quase normalidade e não esqueçam este passado recente e quem é responsável pelas incorrectas medidas que tomaram;

É absolutamente necessário que a oposição a esta Direcção não se manifeste só quando há eleições ou aquando se verifiquem acontecimentos relevantes;

É absolutamente necessário que haja uma permanente pedagogia que alerte constantemente os Bancários para tudo o que se verifica no Sindicato e nos SAMS;

É absolutamente necessário que se comece, desde já, a construir uma alternativa à composição desta Direcção.


Será estultícia que os bancários queiram políticas diferentes das actuais, tanto no Sindicato como nos SAMS, com uma Direcção com a composição da actual.



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