terça-feira, 26 de maio de 2020

CENSURA (Uma arma do passado ainda usada no presente)



Imagem obtida no Portal do Sindicato Bancários de São Paulo



CENSURA
(Uma arma do passado ainda usada no presente)


A 23 de Janeiro de 2002 cinco ex-dirigentes do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas eram contundentes na apreciação que faziam há então Direcção PS/PSD/MRPP e na qual participava Agnelo Furtado, actual coordenador do Secretariado Sindical de Reformados do SBSI. Comentavam os 5 ex-dirigentes:

- O Acordo de empresa negociado SECRETAMENTE com o Grupo BCP retirava direitos e o acordo SAMS/MEDIS e conferia mais direitos a alguns à custa dos restantes;

- A Gestão dos SAMS era insegura e havia incapacidade em unir os 3 sindicatos do Sector pelo que avançaram (para disfarçar essa incapacidade) com a constituição de uma Federação, evitando, assim, ferir interesses instalados.

Esta política sindical da Direcção do SBSI justificava a existência de uma nova oposição até perante o afastamento progressivo da Tendência Sindical “Listas Unitárias”

Era incentivada a constituição de um Movimento a “...todos os trabalhadores que a ele queiram aderir, sejam eles apartidários ou simpatizantes, filiados e militantes de partidos políticos”, criando “A envolvência de trabalhadores num processo de participação dinâmica e activa e de unidade reivindicativa na acção” foi o apelo feito à época por um grupo de Delegados Sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores que assumiram a construção de “...um sindicalismo de base, participativo, um sindicalismo com princípios...e que sejaIntransigente defensor dos interesses dos Bancários, combatendo todas as políticas que prejudiquem a classe, independentemente do Governo ou dos banqueiros que as queiram implementar”.

Estes foram alguns dos antecedentes da Tendência Sindical “MUDAR – Movimento de Unidade, Democracia e Acção Reivindicativa”

Nunca a palavra “CENSURA” constou do léxico do MUDAR. Nem podia constar, pois era um conceito de tal forma absurdo que não passaria pela imaginação de ninguém que se tivesse que inscrever nos princípios do MUDAR que a censura era coisa do passado histórico de Portugal. Mas, antes se tivesse escrito!…

Existe uma técnica, que alguns usam nas redes sociais, que consiste em publicar sucessivos textos com o objectivo de “empurrar para baixo” as publicações daquele ou daqueles com que não concordamos e que assim escondem os textos incómodos dos olhares de muitos.

Quando o Secretariado Sindical de Reformados do SBSI, através do seu coordenador, convocou uma manifestação apoiada pelo MUDAR para junto dos serviços clínicos dos SAMS opus-me e argumentei nesse sentido. (ver AQUI). Constatei que os meus comentários na página virtual do MUDAR iam sendo “empurradas para baixo” por continuas publicações sempre iguais e de propaganda à manifestação. Não desisti de transmitir as minhas ideias e tal facto e persistência terão perturbado e incomodado pelo que FUI CENSURADO. Ou seja, proibiram-me não só o acesso à página como me a impediram de ler.

Curiosamente, aquando do referendo sobre o chamado alargamento do âmbito geográfico do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, também FUI CENSURADO. Ou seja, impedido do acesso à página virtual do SBSI, quiçá porque as minhas opiniões incomodavam a Direcção.

É, pois, com um sorriso expressivo de muitos sentimentos, que VEJO A DIRECÇÃO DO SBSI E OS RESPONSÁVEIS PELA OPOSIÇÃO UNIDOS na utilização da censura quando as ideias que preconizam são contestadas e se sentem incomodados. A exemplo do que acontecia no passado histórico de Portugal.

Não! Não confundo a Direcção do SBSI com o SBSI, nem os responsáveis do MUDAR com o MUDAR.

Com todos os erros que possam ser apontados ao MUDAR a verdade é que, quer se queira, quer não, são a única força político-sindical que pode, no presente, constituir uma alternativa ao bloco central que é a aliança PS / PSD no Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.



Sem comentários:

Enviar um comentário