Copenhague, 1910.
VIII Congresso da Internacional Socialista: na frente, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin. (Imagem obtida na Wikipédia) NÃO OFEREÇA SÓ FLORES
Todos os anos, pelo menos desde 1975, ano em que foi aprovado como o ANO INTERNACIONAL DA MULHER e designado o dia 8 de Março como o DIA INTERNACIONAL DA MULHER pela Organização das Nações Unidas, que na Comunicação Social e agora, também, nas Redes Sociais se aborda este dia numa perspectiva que mantém a mulher como um ser frágil, sobre a qual se passa, consciente ou inconscientemente, a mensagem de mulher-mãe, de mulher-dona de casa, de mulher-esposa, olvidando a mulher-lutadora, o ser humano igual em direitos e deveres e relegando para o esquecimento a origem desta data que nasceu como um dia de luta das mulheres.
“A ideia de uma comemoração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América organizou o Dia das Mulheres, em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York — uma jornada de manifestação pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. Durante as conferências de mulheres da Internacional Socialista, em Copenhague, 1910, foi sugerido, por Clara Zetkin, que o Dia das Mulheres passasse a ser celebrado todos os anos, sem que, no entanto, fosse definida uma data específica. A partir de 1913, as mulheres russas passaram a celebrar a data com manifestações realizadas no último domingo de fevereiro. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro, no calendário juliano), ainda na Rússia Imperial, organizou-se uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país. Operários metalúrgicos acabaram se juntando à manifestação, que se estendeu por dias e acabou por precipitar a Revolução de 1917. Nos anos seguintes, o Dia das Mulheres passou a ser comemorado naquela mesma data, pelo movimento socialista, na Rússia e em países do bloco soviético. Em 1975, (58 anos depois da Revolução de 1917) o dia 8 de Março foi finalmente instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas. Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países — como um dia de protesto por direitos ou de edulcorada celebração do feminino, comparável ao Dia das Mães. Em outros países, a data é amplamente ignorada.” (Fonte: Wikipédia; sublinhados: meus)
Em Portugal a questão que está na ordem do dia no que se refere às mulheres é o flagelo da violência doméstica que, não obstante enquadrar também os homens, se reflecte essencial e maioritariamente nas mulheres, sendo necessário exigir alterações à legislação no sentido de, perante uma manifesta demonstração de violência, os bens do casal serem “congelados” e o alegado agressor ser afastado da morada de família (mantendo a vítima e os filhos menores) até o assunto ser dirimido em tribunal.
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CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA |
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