sexta-feira, 3 de abril de 2020

NEM A ORDEM DOS MÉDICOS FICA INDIFERENTE


Imagem obtida no portal de “bestguide”



NEM A ORDEM DOS MÉDICOS FICA INDIFERENTE


É cada vez mais uma evidência que só a requisição cívil ou uma forte pressão Governamental sobre a Direcção do SBSI levará a que esta proceda à reabertura dos SAMS com a brevidade que se impõe.

São já várias as entidades que se manifestam contra o encerramento dos SAMS, nomeadamente a Ordem dos Médicos que, em comunicado, refere que "não é admissível que uma instituição privada fique de fora da solução, criando até mais dificuldades a outros hospitais do setor público, privado ou social, que agora somam à covid-19 os restantes doentes do SAMS que viram o seu acompanhamento abruptamente interrompido".

Importa aqui relevar que os SAMS não são só uma instituição privada. Os SAMS são, essencialmente, uma instituição social, pois quaisquer tipos de mais valias não são distribuídas pelos “accionistas” (bancários e bancos), mas reinvestidas na própria instituição. E esta diferença na caracterização torna ainda mais grave o encerramento total, inopinado e incompreensível de todos os serviços com prejuízo de mais de 100 mil utentes.

A Ordem dos Médicos apela ao Governo para “socorrer-se do estado de emergência declarado para ter uma intervenção que permita repor a normalidade nos SAMS

Os apelos dos Bancários, dirigidos à Direcção do SBSI, bem como petições, são importantes, mas não terão eco numa Direcção que está “surda”, como se constata pelas diferentes intervenções que Rui Riso, Presidente da direcção do SBSI, tem feito em diversos e por diversos meios de comunicação.

A Direcção do SBSI irá reabrir, com a urgência que se impõe, os SAMS, não obstante os diversos e ignorados apelos que lhes têm sido feitos, se forem obrigados através de uma necessária pressão governamental ou, em último caso, através de requisição civil.

Se essa pressão governamental se verificar de forma discreta, e se, consequentemente, a Direcção do SBSI reabrir os SAMS, é minha convicção que o Presidente da Direcção do SBSI não deixará, para não perder eleitorado, de o fazer com "pompa e circunstância", reclamando de alguma forma os créditos para ele próprio e para a sua equipa de apoiantes.

E depois? Irão os bancários ter memória curta?





2 comentários:

  1. Também não consigo aceitar, porque não percebo o processo de encerramento total.
    Logo pela falta de explicações aos sócios, beneficiários e utentes.
    Só quando as reclamações e as dúvidas é que se vai à comunicação social dar mais alguma informação e se inicia um tímido processo de informação aos beneficiários e utentes sobre os motivos e parte da estratégia de reabertura.
    Isto é inaceitável, porque se deixou em despero milhares de beneficiários e utentes, duante quase um mês.
    Mas se isso é verdade e é inaceitável, também há claro para mim que anda muita gente e muitos interesses, a tentar tirar partido da falta de informação e receios legitimos, aumentando a confusão com objectivos pouco claros.
    E neste conjunto de interesses, suspeito desde a tomada de posição do SIM que os interesses dos grandes grupos da saúde privada estão interessados não na reabertura dos SAMS mas sim na sua asfixia para ocupar essa importante fatia de utentes e porventura aparecerem como salvadores e vir a assumir sobre qualquer forma a sua gestão ou mesmo aquisição.
    Por tudo isto e porque o Bastonário da Ordem dos Médicos continua a ser ponta de lança dos interesses privados na degradação e desestabilização do SNS, parece-me altamente perigoso ampliar e dar credibilidade a esta sinustra figura e trazê-la para a luta sindical que também já é evidente nesta situação.
    Dir-me-ão que a responsabilidade foi da Direcção que, no mínimo não respeitou os direitos de informação e ajuda aos seus beneficiários e eu estarei de acordo.
    Mas neste momento difícil, de grande instabilidade emocional e de grande incerteza para todos, parece-me perigoso e inaceitável entrar num jogo que não ajuda a recuperação dos SAMS e pode servir os interesses dos gigantes da prestação de cuidados de saúde, podendo prejudicar ainda mais os beneficiários e utentes dos SAMS.
    E foi já por pensar assim que não subscrevi o documento de um grupo de beneficiários e utentes onde participava e que, legitimamente decidiram, como é obvio, enviar a ao governo, à Direção e à comunicação social.
    Acompanhando eu a par e passo o comportamento da maior parte da comunicação social, que tem tido, do meu ponto de vista, um comportamento que chega a ser anti-social, parece-me que, como diz o povo; "deitar gasolina ao fogo".
    A reabertura rápida mas segura, dos SAMS é uma exigência fundamental para repor os interesses dos sócios, beneficiários e utentes. Mas se não for feito com algum bom-senso, podetemos estar a ajudar aqueles que pretendem o seu encerramento ou qualquer outra solução não condizente com os nossos interesses.

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  2. Também não consigo aceitar, porque não percebo o processo de encerramento total.
    Logo pela falta de explicações aos sócios, beneficiários e utentes.
    Só quando as reclamações e as dúvidas é que se vai à comunicação social dar mais alguma informação e se inicia um tímido processo de informação aos beneficiários e utentes sobre os motivos e parte da estratégia de reabertura.
    Isto é inaceitável, porque se deixou em despero milhares de beneficiários e utentes, duante quase um mês.
    Mas se isso é verdade e é inaceitável, também há claro para mim que anda muita gente e muitos interesses, a tentar tirar partido da falta de informação e receios legitimos, aumentando a confusão com objectivos pouco claros.
    E neste conjunto de interesses, suspeito desde a tomada de posição do SIM que os interesses dos grandes grupos da saúde privada estão interessados não na reabertura dos SAMS mas sim na sua asfixia para ocupar essa importante fatia de utentes e porventura aparecerem como salvadores e vir a assumir sobre qualquer forma a sua gestão ou mesmo aquisição.
    Por tudo isto e porque o Bastonário da Ordem dos Médicos continua a ser ponta de lança dos interesses privados na degradação e desestabilização do SNS, parece-me altamente perigoso ampliar e dar credibilidade a esta sinustra figura e trazê-la para a luta sindical que também já é evidente nesta situação.
    Dir-me-ão que a responsabilidade foi da Direcção que, no mínimo não respeitou os direitos de informação e ajuda aos seus beneficiários e eu estarei de acordo.
    Mas neste momento difícil, de grande instabilidade emocional e de grande incerteza para todos, parece-me perigoso e inaceitável entrar num jogo que não ajuda a recuperação dos SAMS e pode servir os interesses dos gigantes da prestação de cuidados de saúde, podendo prejudicar ainda mais os beneficiários e utentes dos SAMS.
    E foi já por pensar assim que não subscrevi o documento de um grupo de beneficiários e utentes onde participava e que, legitimamente decidiram, como é obvio, enviar a ao governo, à Direção e à comunicação social.
    Acompanhando eu a par e passo o comportamento da maior parte da comunicação social, que tem tido, do meu ponto de vista, um comportamento que chega a ser anti-social, parece-me que, como diz o povo; "deitar gasolina ao fogo".
    A reabertura rápida mas segura, dos SAMS é uma exigência fundamental para repor os interesses dos sócios, beneficiários e utentes. Mas se não for feito com algum bom-senso, podetemos estar a ajudar aqueles que pretendem o seu encerramento ou qualquer outra solução não condizente com os nossos interesses.

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