Imagem obtida em "Antifascistas da Resistência"
SINDICALISTA
e POETA
Muitos
cidadãos partem do pressuposto que ser sindicalista e / ou dirigente
sindical são actividades menos dignas, quando, na realidade, ser
sindicalista é assumir (de forma nobre) as preocupações e a
defesa dos interesses dos trabalhadores.
Também
há quem considere que um sindicalista é um ser com uma menor
sensibilidade, incapaz de ter poesia no coração. Nada menos
verdadeiro. E há muitos exemplos que contrariam estes preconceitos
primários.
Ser
sindicalista e poeta não é contraditório e o que, para muitos
trabalhadores, inclusive bancários, poderá constituir uma agradável
surpresa é o exemplo de
ANTÓNIO
FERREIRA GUEDES
“Antifascista
militante na Oposição contra a Ditadura, é
um poeta de renome, cuja poesia estará para sempre associada ao
canto de intervenção e protesto de Adriano Correia de Oliveira.
Dirigente sindical com grande implantação na classe dos bancários
desde finais da década de 60, foi perseguido pela PIDE, que chegou a
impedi-lo de tomar posse numa direcção eleita.
Em
1962 (ano marcado pela crise académica e pelas lutas estudantis),
publicou os primeiros poemas nas publicações Via Latina, “Poemas
Livres” e “Poesia útil”, esta última editada para angariar
fundos com vista à compensação de gastos da academia com a
“Queima das Fitas”, que havia sido proibida na sequência de tomadas de posição dos estudantes (1).
Em
1964, no EP intitulado “Menina dos Olhos Tristes”, Adriano
Correia de Oliveira cantou um poema de António Ferreira Guedes, que
também musicou, intitulado “Erguem-se Muros”.
Em
1971, foi editado um EP, no qual a poesia de Ferreira Guedes é
acompanhada pela viola de Serge Delaunay, com as seguintes faixas:
-
Cinco Poemas Em Torno Das Palavras Do Poema (Ferreira Guedes)
-
De Lisboa Escrevo (Ferreira Guedes/Carlos Paredes)
-
Cinco Pedras Para Dentro Da Muralha (Ferreira Guedes/Carlos Paredes)
-
Soneto (Ferreira Guedes/Carlos Paredes).Também em 1971, Adriano Correia de Oliveira publicou o álbum “Gente de Aqui e de Agora”, que incluiu a canção com poema de António Ferreira Guedes: “Roseira Brava”.
José
Labaredas publicou um EP com quatro poemas da autoria de António
Ferreira Guedes:
-
Em Cada Rosto A Secura (Ferreira Guedes/Casimiro Ramos)
-
Quem Muitos Amores Tiver (Ferreira Guedes/Ricardo Borges Sousa)
-
Quem Nasceu Para Ser Livre (Ferreira Guedes/José António de
Sabrosa)
-
Mal O Amor Começava (Ferreira Guedes/Francisco José Marques) (2).”
- “Poemas Livres 1 (Coimbra, 1962) contou com poemas de António Augusto Menano, César Oliveira, Fernando Assis Pacheco, António Ferreira Guedes, Francisco Delgado, José Carlos Vasconcelos, Manuel Alegre, Rui Namorado e Rui Polónio Sampaio.”
- “Editado em data por apurar, com poemas de Ferreira Guedes e guitarras de António Luís Gomes e Pedro Caldeira Cabral, e violas de Fernando Alvim e José Maria Nóbrega.”
Fonte:
Antifascistas da Resistência
ROSA
DE SANGUE
(Letra
de
F. Guedes
- Musica de Adriano Correia de Oliveira - Acompanhamento a viola por
Rui Pato)
(Sugere-se
a visualização
em “Ecrã Inteiro” para o que deve “clicar” no símbolo
localizado no canto inferior direito do vídeo.)
VEJA,
TAMBÉM:
“Erguem-se Muros”, “Pátria”, “Rosa dos Ventos Perdida” e “Roseira Brava”
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